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134 anos: Conheça a história do município de Alegre

Publicado em: 06/01/2025

Foto: Divulgação SETUR ES

Hoje, 6 de janeiro, a cidade de Alegre comemora seus 134 anos de emancipação política. Com uma história rica em desafios e conquistas, o município, localizado no sul do Espírito Santo, carrega em suas raízes o legado de desbravadores e pioneiros que transformaram a região em um polo de cultura, trabalho e progresso.

Reconstruindo a história perdida

Sob o projeto “Reconstruindo Nossa História”, o IHGA busca resgatar a memória do município. A narrativa aponta que, durante o período colonial, bandeirantes atraídos pelas promessas de honrarias e prêmios da Coroa Portuguesa cruzaram o Brasil em busca de riquezas minerais. Entre eles, Fernão Dias Paes Leme e, posteriormente, seu filho Garcia Rodrigues Pais abriram caminhos para o interior, desvendando novos territórios.

Alegre, inicialmente parte de áreas conhecidas como “sertão do Itapemirim”, era uma densa floresta que resistia ao avanço dos colonizadores. Essa região fazia parte das chamadas “áreas proibidas”, uma estratégia da Coroa para evitar o contrabando de ouro. Foi apenas no início do século XIX, com a flexibilização das políticas de isolamento, que desbravadores começaram a abrir picadas pela mata.

O papel de João do Monte da Fonseca

Em 1811, João do Monte da Fonseca, um alferes ligado à Junta Militar de Civilização dos Índios, abriu um trajeto que conectava Mariana (MG) ao sul do Espírito Santo. Esse “picadão”, que atravessava rios e montanhas, foi crucial para o estabelecimento de rotas de transporte e apoio às tropas na região. Ao longo desse caminho, foi fundado um quartel na confluência dos rios Alegre e Norte, um marco que mais tarde daria origem à cidade de Alegre.

A chegada de Manoel Esteves de Lima

Em 1820, utilizando a trilha aberta por João do Monte, chegou Manoel Esteves de Lima, acompanhado de um grupo composto por escravos, indígenas e outros membros. Essa expedição iniciou a exploração agrícola da região, dividindo terras e estabelecendo fazendas que deram os primeiros contornos à ocupação territorial.

Entre os pioneiros que se instalaram na região, destacam-se figuras como João Teixeira da Conceição, que ergueu ranchos de apoio para tropeiros e iniciou atividades agrícolas, e Pedro Teixeira da Conceição, responsável pela venda de terras que mais tarde se tornariam a base do município.

Lenda e tradição

Alegre também carrega uma lenda curiosa: o nome da cidade teria origem em uma cachorrinha chamada “Alegre”, que vivia no rancho construído por João Teixeira da Conceição. Com o tempo, o nome do animal foi adotado para designar o povoado e, posteriormente, o município.

Uma linha do tempo marcante

A história oficial de Alegre também é pontuada por marcos legais que consolidaram sua identidade:

1858: Criação da freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Alegre.
1869: Nova denominação como Freguesia de Nossa Senhora da Penha do Alegre.
1884: Criação do município de Alegre.
1891: Instalação oficial da vila e do município.
1919: Elevação à categoria de cidade.
Famílias Pioneiras
A partir de 1857, começaram a se fixar as famílias que moldaram a economia e a política local, como os Ferreira de Paiva, Gonçalves Monteiro, Monteiro da Gama e outras. Algumas dessas famílias ainda possuem descendentes que residem na cidade, enquanto outras deixaram marcas indeléveis na história de Alegre.

A preservação do passado

Hoje, o IHGA e outras instituições locais continuam a preservar e divulgar a rica história de Alegre, unindo fatos documentados a lendas que enriquecem a memória coletiva. A cidade, conhecida por sua beleza natural e localização privilegiada próxima ao Parque Nacional do Caparaó, mantém vivo o espírito de desbravamento e coragem que moldou sua formação.

Alegre não é apenas uma cidade; é um legado vivo de histórias que refletem a força de seus habitantes e o valor de suas raízes. Conheça mais sobre a história do município no site.

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