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98 dias sem homicídios: o que Cachoeiro nos ensina sobre segurança que dá resultado

Publicado em: 24/09/2025

Foto: Divulgação

Por: Gabriel Verly

 

Entre os maiores desejos de qualquer munícipe está viver com tranquilidade. A sensação de segurança sustenta a vida em comunidade: atrai investimentos, estimula o turismo, fortalece o comércio e promove a ordem social. Quando o crime avança, tudo isso recua. É por isso que o feito de Cachoeiro de Itapemirim de completar 98 dias sem homicídios merece ser destacado não como acaso, mas como resultado de escolhas de gestão pública.

Uma pesquisa recente da Genial/Quaest apontou a criminalidade como o maior problema do Brasil para 29% dos entrevistados, o que reforça a urgência do tema. Embora nossa realidade esteja longe do nosso vizinho Rio de Janeiro, considerado pelos mais críticos um narcoestado, cidades do Espírito Santo enfrentam o combate diário a facções e retaliações do crime organizado. Nesse contexto, o que acontece em Cachoeiro de Itapemirim, quinta maior cidade do estado, se torna um feito histórico de protagonismo da gestão pública, celebrado com razão pelo prefeito Theodorico Ferraço, pelo vice-prefeito Júnior Corrêa e pelo secretário de Segurança, Clayton Siqueira.

Gestões anteriores tratavam a Guarda Civil Municipal como mera guardiã de espaços públicos, uma força de apoio secundária. A máxima de que a segurança era “responsabilidade do governo do estado” tinha um efeito desagregador e reducionista sobre o potencial dos agentes de segurança. Foi por isso que, logo no início, mesmo com baixo efetivo, o prefeito Ferraço e o vice-prefeito Júnior determinaram uma mudança estratégica: reposicionar a GCM em pontos estratégicos. Em vez de rondas em viaturas que muitas vezes passavam despercebidas, a guarda passou a estar presente em áreas estratégicas da cidade e integrada às forças de polícia, dando apoio ao comércio e aos distritos. A ronda distante deu lugar à presença visível. Essa nova postura contou com o apoio da Polícia Militar, com escalas de vigilância em conjunto.

Se a integração inteligente gera confiança no morador e incerteza no infrator, as operações coordenadas trouxeram à tona um problema que foge à competência do município e assola o país: a saída temporária de presos e o não retorno ao sistema carcerário. Para lidar com o tema e fortalecer a investigação e o controle de crimes, a gestão adotou uma visão compartilhada e operações constantes, onde contou
com a liderança pessoalmente do vice-governador Ricardo Ferraço por meio do programa Estado Presente.

Outra presença importante do governo do estado na cidade é o cerco eletrônico, um sistema de monitoramento veicular que utiliza alta inteligência para fiscalizar e combater crimes em estradas e vias públicas. A implantação de totens de segurança com inteligência artificial, que já são realidade em cidades da região metropolitana, pode ser um próximo passo, complementando o cerco inteligente no monitoramento de criminosos procurados e na detecção de crimes em tempo real.

Foto: Divulgação

Enquanto isso, a cidade conta com seu próprio videomonitoramento, que contribui com as investigações e inibe um certo grau de ação criminosa. Por fim, essa história de sucesso na segurança carrega uma assinatura clara. O prefeito Ferraço, além de ser o idealizador da Guarda Municipal em seu primeiro mandato, foi o último a conseguir um período tão longo sem homicídios.

Essa marca histórica mostra que a visão de um líder tem o poder de transformar a realidade e deixar um legado de segurança para a população. Com o novo aumento do efetivo da Guarda em andamento, o primeiro desde 2004 e também realizado por Ferraço, a administração já sinalizou os próximos passos: levou 40 possíveis guardas para o curso de formação, e pretende investir em armamento,
equipamentos modernos e, acima de tudo, valorizar o profissional de segurança pública. A história de Cachoeiro nos ensina que, com estratégia, integração e foco no cidadão, a paz pode, e deve, se tornar a regra.

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