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Depois de anos de especulações, negociações discretas e tentativas frustradas, Carlo Ancelotti finalmente assumiu o comando da Seleção Brasileira. Não foi na primeira proposta. Nem na segunda. E certamente não foi no primeiro timing idealizado.
Ainda assim, aconteceu.
Essa trajetória nos ensina muito sobre gestão comercial — mais especificamente, sobre como líderes de vendas devem entender o ciclo de maturação dos negócios.
Em um mundo cada vez mais imediatista, muitas empresas esperam que leads sejam convertidos com rapidez, previsibilidade e linearidade. Mas, na prática, vendas são feitas de paciência, estratégia e persistência. O “sim” raramente vem no primeiro contato. E nem sempre no tempo que o gestor gostaria.
A Seleção Brasileira insistiu com Ancelotti. Não foi uma abordagem invasiva, mas sim uma construção ao longo do tempo. Uma nutrição de relação, reputação e oportunidade. E é exatamente esse o papel da gestão comercial madura: construir processos que respeitem o tempo do cliente sem perder o ritmo do negócio.
Muitos líderes comerciais pressionam seus vendedores por resultados imediatos, enquanto negligenciam a necessidade de presença constante, mesmo quando o lead parece distante. Com isso, oportunidades promissoras são abandonadas por falta de paciência estratégica.
Gestores precisam compreender que:
O caso Ancelotti nos lembra que o verdadeiro papel de um líder em vendas é garantir que sua equipe saiba sustentar uma conversa por meses — até anos — sem perder relevância e foco. Porque, no fim das contas, quem fecha os grandes negócios é quem não desaparece.
Vendas e gestão têm mais a ver com paciência do que gostamos de admitir.