Foto: Divulgação | Bayern de Munique
Na recente estreia da nova Copa do Mundo de Clubes, o Bayern de Munique aplicou uma goleada histórica de 10 a 0 sobre o Auckland City, da Nova Zelândia. O resultado, embora impressionante do ponto de vista esportivo, revela algo ainda mais profundo: o abismo estrutural entre organizações que operam sob uma cultura de alta performance e aquelas que ainda atuam em modelos amadores.
O Auckland City é um clube semiprofissional. Embora domine o futebol em sua região, grande parte de seus atletas mantém outras profissões. Sua estrutura é limitada, seu orçamento é restrito e sua atuação internacional, simbólica. Ainda assim, foi colocado no mesmo palco que o Bayern — um dos maiores clubes da história, com processos maduros, investimentos consistentes, governança robusta e uma cultura de desempenho que se estende a todas as áreas da organização.
O que se viu em campo foi mais do que uma diferença técnica. Foi um reflexo direto da disparidade em gestão, estrutura e estratégia. E esse paralelo se aplica perfeitamente ao ambiente corporativo.
Nas empresas, o “10 a 0” acontece todos os dias.
Empresas com processos bem definidos, metas claras, equipes bem treinadas e liderança ativa avançam com solidez. Enquanto isso, organizações que operam com base na intuição, sem planejamento estruturado, sem rituais de gestão e com baixa maturidade em processos decisórios, acabam sendo superadas com facilidade.
Gestão não é um diferencial. É um pré-requisito.
Não se trata de tamanho, e sim de profissionalismo.
Há pequenas empresas com alto grau de organização e grandes companhias ainda presas a práticas ultrapassadas.
O resultado — nos negócios como no esporte — é apenas a consequência lógica da preparação, da cultura e da execução.
Cabe, portanto, a cada gestor refletir:
Estamos estruturando nossa empresa para competir como o Bayern ou apenas tentando resistir como o Auckland?
Porque em qualquer campo — seja no futebol ou no mercado — a gestão é quem define o placar.