Pedro, do Flamengo, comemorando gol no Maracanã. (Foto: Jorge Rodrigues/AGIF)
Ontem, o Flamengo aplicou 8×0 no Vitória. A maior goleada da história dos pontos corridos. Para muitos, apenas mais um jogo brilhante em campo. Mas, para quem enxerga com olhar de gestão, esse placar é a consequência mais visível de um trabalho que começou há mais de uma década.
Em 2012, o clube vivia seu pior momento financeiro: dívidas acima de R$ 750 milhões, salários atrasados, descrédito no mercado e estrutura defasada. O caminho fácil seria seguir cedendo a pressões imediatistas, apostando tudo em reforços de curto prazo. Mas a gestão da época escolheu outro rumo: colocar ordem na casa. Vieram cortes duros, renegociações e um compromisso inegociável com governança e disciplina.
Nos primeiros anos, o torcedor sentiu o peso. Títulos ficaram em segundo plano. Mas a credibilidade voltou. Em 2016, com as contas equilibradas, o clube começou a investir de forma estratégica: CT moderno, fortalecimento da base, sócio-torcedor robusto, contratações certeiras. Em 2019, a colheita apareceu: Libertadores, Campeonato Brasileiro e receita ultrapassando R$ 1 bilhão.
O ciclo se completa em 2025. O Flamengo assinou com a Betano um dos maiores contratos de patrocínio máster do mundo: R$ 268,5 milhões por temporada. Somados aos demais acordos, mais de R$ 440 milhões anuais em patrocínios. Credibilidade que hoje permite investir pesado, atrair talentos e sustentar resultados.
O 8×0 não nasce do nada. É fruto de 12 anos de gestão responsável. É o placar simbólico de quem transformou crise em oportunidade, dívida em receita, descrédito em confiança global.
A lição vai muito além do futebol:
Empresas e líderes que só pensam no curto prazo dificilmente constroem credibilidade.
Quem tem disciplina, visão estratégica e resiliência colhe resultados sustentáveis.
Parceiros, clientes e investidores sempre apostam em quem transmite segurança.
Se o Flamengo goleia em campo, é porque fora dele decidiu jogar o jogo da gestão. E venceu.