O Espírito Santo está na vitrine

Por: Arthur Galvão

Ser capixaba se tornou um ativo de marca — mas só se você souber como vender isso do jeito certo.

A maior oportunidade dos últimos anos para negócios locais do ES está acontecendo agora e pode ser a sua grande janela para se posicionar agora e se tornar uma referência, aproveitando ao máximo todas as oportunidades de negócios.

O Espírito Santo nunca esteve tão em evidência. Grandes organizações estão finalmente apoiando o crescimento de negócios locais.
Mas aqui está a verdade dura:
Ser capixaba não é diferencial se você continua sendo mais do mesmo.

Vejo muitos empreendedores capixabas tentando se destacar usando a força regional… Mas o que fazem, na prática?
Reforçam estereótipos, copiam o amadorismo dos concorrentes e afundam na mesmice.
Enquanto isso, marcas locais que sabem se posicionar certo estão dominando espaço até em mercados nacionais.

Os 3 grandes erros que estão travando o crescimento de quem tenta usar sua origem como ativo de marca:

1. Regionalismo mal posicionado: quando você reforça apenas o que é local sem traduzir isso em valor percebido, você vira apenas mais um “negocinho da cidade”.
2. Estética amadora: usar “simplicidade” como desculpa para falta de refinamento afasta o cliente de alto padrão.
3. Linguagem equivocada: comunicar-se com o cliente premium exige sofisticação, não formalidade. E isso quase ninguém entende.

E sabe o que é pior?
Muitos desses negócios até têm qualidade…
Mas continuam sendo tratados como “alternativa barata” porque não sabem construir marca.
Se você não controla a percepção, você se torna vítima dela.

Empresas que constroem um posicionamento de marca forte e autêntico aumentam exponencialmente suas margens de lucro, mesmo mantendo os mesmos produtos.
Ou seja: o problema não é o que você vende.
É como você se posiciona.

Aqui vão 3 estratégias que vão mudar o seu jogo – seja você um micro, pequeno ou médio empreendedor capixaba que deseja se consolidar no mercado como uma referência:

1. Traduza a regionalidade em sofisticação
   Exemplo: ao invés de dizer “produto artesanal de Venda Nova”, diga “um clássico capixaba reimaginado pela nossa família, com a alma de Venda Nova, para conectar nossa história à sua”.
2. Use símbolos de autoridade regional com estratégia
   Você pode se apoiar em reconhecimentos locais, parcerias com entidades ou prêmios — mas sempre posicionando isso como chancela de qualidade, não como favor social.
3. Adote uma comunicação de alto padrão
   Abandone a ideia de “vender explicando”. Passe a comunicar despertando desejo. Valor, status e confiança são percebidos em segundos — e quem não transmite isso, perde o jogo antes de começar.

Ser capixaba é uma potência — mas só quando se entende que o mercado de alto padrão não compra pela origem, e sim pelo valor que a origem representa.
Você não precisa mudar sua essência.
Você precisa aprender a embalar sua essência com estratégia.
E quando fizer isso, seu negócio vai parar de ser apenas local e passar a ser lendário.

Lembre que melhor do que o cliente comprar o que você está vendendo é quando ele compra porque é você quem está vendendo.

Você precisa se valorizar.

Vamos em frente.

Colunistas Capixabas /

Arthur Galvão

Especialista em Desenvolvimento e Gestão de Marcas para Mercado de Alto Padrão

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