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Sua marca é percebida como investimento ou despesa?

Publicado em: 10/10/2025

Créditos: depositphotos.com / monticello

Por: Arthur Galvão

 

Tem uma coisa que ninguém fala, mas talvez você sinta na pele: como algumas marcas conseguem cobrar mais, fazer menos esforço e ainda assim serem admiradas?

Elas não são mais baratas. São mais valorizadas.

Você olha e pensa: “Mas como assim?”

Muita gente competente está empacada no mesmo lugar, não por falta de talento…
Mas porque ainda é vista como um custo e não como um ganho.

É por isso que tem gente entregando o melhor serviço da região e ainda assim ouvindo “vou pensar” de cliente.

Tem profissional lotado de indicação, mas sem lucro suficiente, porque o cliente ainda te vê como operário… e não como uma escolha estratégica.

O problema nunca foi o seu preço. É a forma como sua marca se posiciona.

E aqui está a verdade que ninguém te contou: o cliente paga muito mais pelo que percebe do que pelo que recebe.

80% dos consumidores estão dispostos a pagar mais quando sentem que estão comprando de uma marca forte e que os faz sentir especiais.

Ou seja: o valor percebido da sua marca tem impacto direto na sua precificação, fidelização e autoridade.

Para sair da posição de “mais uma despesa” e virar um investimento claro para o seu cliente, você precisa se posicionar com clareza sobre a relevância do que você faz, sobre a sua excelência em fazer e sobre a dificuldade de substituir você.

Para isso, você deve aplicar na sua marca 4 princípios fundamentais: Movimento, Método, Módulos e Mecanismos.

Movimento é a grande causa que você defende por meio da sua marca, combatendo com todas as suas forças alguma grande injustiça que impede seu cliente de alcançar os objetivos dele e que ele reconhece que não consegue lutar contra isso sozinho.

Método é o seu jeito único e incomparável de liderar este movimento.

Os Módulos são a jornada de vitórias que o cliente pode esperar conquistar com você antes mesmo de ter o resultado final contratado.

Os Mecanismos são os recursos exclusivos que conferem excelência à experiência para que ele alcance a percepção máxima de valor do que você representa.

Por exemplo, quanto ao Movimento, a Starbucks não vende café. Ela defende um estilo de vida urbano, acolhedor e com significado pessoal.

A causa que a marca levanta é: “tornar o dia das pessoas melhor, um café por vez”.

Ela luta contra a frieza das relações impessoais, contra o consumo automático, contra o “passar batido” pela vida.

Quanto ao Método, a experiência Starbucks é padronizada no mundo inteiro e sempre com um toque autoral. Cafés com nomes exclusivos, identidade visual forte e receitas exóticas que a tornam incomparável. Esse é o jeito Starbucks.

Com relação aos Módulos, a jornada de vitórias antes de tomar o primeiro café, o cliente conquista a oportunidade de fazer uma escolha personalizada, de sentir que faz parte de uma comunidade e de experimentar a sensação de ter mais reconhecimento social.

Ou seja: antes do primeiro gole, o cliente já experimentou o “gostinho” da marca em vários níveis.

Por fim, nos Mecanismos, a marca materializa seus conceitos em cardápios personalizados e sazonais limitados, criando escassez e exclusividade.

Investe em copos e acessórios com design estético, instagramável e com histórias visuais. Investe em aplicativos próprios e programas de fidelidade, por exemplo.

Esses mecanismos fazem o cliente sentir que o valor da experiência vai além do produto.

No fim das contas, não é sobre ser apenas a melhor entrega. É sobre ser percebido como o mais valioso.

A forma como sua marca é percebida define quanto você pode cobrar.

E é exatamente esse tipo de percepção que sua marca deve buscar construir: deixar de ser uma mercadoria… e virar uma marca com alma.

Você precisa se valorizar. Vamos em frente.

 

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