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Por: Bianca Tápias
Há encontros que começam sem intenção e terminam virando história. Foi assim com um grupo de mulheres do Espírito Santo que, entre panelas e risadas, descobriram um jeito novo de cozinhar – e de se pertencer.
Tudo começou de maneira simples. Amigas chefs decidiram se reunir para se aprofundar no mundo da culinária, com desejo de trocar sabores e experiências, perceberam que havia algo maior ali: uma energia de crescimento coletivo.
Cada uma de diferentes trajetórias, há quem comande restaurante, quem viva do buffet, da confeitaria, pousada ou da consultoria. Cada uma carrega uma bagagem, uma memória afetiva e um jeito de contar o mundo pela comida. O que as une é o amor pela gastronomia
e pelas histórias que existem em cada prato.
Assim nasceu o grupo, que ganhou o nome com humor e leveza: PHD na Cozinha. Um título que brinca com a ideia de estudo e, ao mesmo tempo, revela o espírito de quem está sempre disposto a aprender com as mãos, o coração e o paladar.
Encontros que alimentam
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As reuniões vêm acontecendo na Casa do Chef Juarez, em Vitória – um espaço que virou refúgio e laboratório. Lá, entre fogões acesos e taças erguidas, o grupo mergulha em técnicas, histórias e viagens sem sair do chão. Nos últimos meses, o destino foi a Itália: Emilia-Romagna, Ligúria e Toscana serviram de inspiração para aulas cheias de sabor e afeto, guiadas pelo chef Juarez Campos, um dos nomes mais respeitados da gastronomia capixaba.
No fundo, o que se cozinha ali vai além das receitas. É o gesto de partilhar e o prazer de estar juntas, porque há algo profundamente humano em preparar comida para o outro. É um tipo de carinho que dispensa explicações.
Culinária que acolhe
Entre uma massa fresca e o famoso pudim de grana padano, o grupo também se movimenta fora da cozinha. Arrecadam roupas, calçados, brinquedos – tudo o que possa aquecer quem precisa. Os gestos solidários nascem de forma natural, como extensão daquilo que sentem quando cozinham: o desejo de cuidar.
União que transforma
Hoje são dezoito mulheres reunidas por um mesmo propósito. O grupo vem crescendo a cada encontro e com isso, os vínculos se aprofundam e mais ideias se tornam realidade, evidenciando cada vez mais que a culinária capixaba não é feita só de ingredientes regionais, mas de sentimentos universais e que, quando há propósito, tudo pode mesmo ficar mais saboroso.
