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Há pessoas que escolhem o Direito. E há aquelas que o Direito parece escolher. No caso de Jociane Ramalho, foi o desejo de ser ponte e não muralha que a conduziu a essa vocação. Desde muito jovem, ela entendeu que a lei pode ser mais do que um conjunto de regras: pode ser uma forma de cuidado, capaz de transformar conflitos em caminhos seguros.
Os primeiros passos dessa trajetória foram dados longe de casa, em Lisboa, quando atuou na RE/MAX, uma das maiores redes imobiliárias do mundo. Entre contratos, obras e negociações, ela percebeu que o Direito seria o alicerce técnico das soluções que já buscava na prática. Foi ali que aprendeu uma de suas maiores lições: ouvir antes de argumentar. E, talvez por isso, sua firmeza nunca veio sem gentileza.
Ainda jovem, enfrentou o desafio de conquistar credibilidade num ambiente competitivo e o fez com entrega, método e estudo. A confirmação de que estava no caminho certo veio antes mesmo da faculdade, quando conseguiu mediar uma venda que estava prestes a desmoronar após a separação dos vendedores. Com empatia e tato, trouxe as partes de volta à mesa. “Naquele dia, soube que, para ser ponte completa, eu precisava do Direito”, recorda.
A fé, a família e a disciplina são os pilares que sustentam sua caminhada. Cristã, encontra serenidade nas tempestades e propósito nos vínculos familiares. Fora do mundo jurídico, busca inspiração em empreendedores resilientes e educadores, figuras que reforçam em sua mente a ideia de que a excelência nasce da constância. Seu lema é claro e firme: “Certo é certo, ainda que ninguém faça; errado é errado, ainda que todos façam.”

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Na advocacia, não mede vitórias por prêmios, mas por bons desfechos que preservam lares, memórias e sonhos. É nesse lugar de serviço e equilíbrio que encontra sentido. “Não coleciono troféus. Celebro quando a justiça devolve dignidade”, diz.
Ela acredita em um futuro jurídico mais tecnológico, interdisciplinar e preventivo e vê na advocacia condominial uma oportunidade de unir técnica e sensibilidade. Gosta de se definir como uma mediadora e “pedagoga jurídica do prédio”, alguém que traduz leis, desenha regras claras e protege o patrimônio coletivo. “Onde há previsibilidade e diálogo, há paz condominial”, resume.
Nos momentos de pausa, entrega-se ao silêncio fértil: ler, caminhar à beira-mar e escrever conteúdos que orientem pessoas. É assim que se reconecta ao propósito de criar ponte dentro e fora do Direito.
Se tivesse que resumir sua jornada em uma frase, diria: “Propósito com disciplina, resiliência e determinação.”