Foto: DIvulgação
Há pessoas cuja trajetória parece costurada por um fio contínuo de cuidado, coragem e compromisso com o outro. Renata Vicente da Penha é uma delas. Nascida e criada em Vila Velha, ela encontrou no Estado o espaço onde suas raízes se fortalecem e onde sua carreira ganhou forma, profundidade e propósito.
A história de Renata começa no desejo genuíno de acolher e tratar vidas. Formada em Enfermagem pela Universidade de Vila Velha, ela iniciou a carreira em ambientes intensos, como unidades de terapia intensiva e pronto-socorro, onde cada segundo exige precisão e sensibilidade. Foi ali que ela se aproximou de um dos campos mais delicados da saúde, a doação e captação de órgãos. Atuando como representante da CIHDOTT, seu trabalho marcou equipes e famílias que, na dor, encontraram nela uma profissional capaz de unir técnica, empatia e ética de maneira rara.

Foto: Arquivo pessoal
Essa vivência profunda a levou naturalmente ao universo do ensino e da pesquisa. A profissional descobriu que podia ampliar o impacto de seu cuidado ao transformar conhecimento em prática e prática em soluções científicas. A partir dessa transição, iniciou uma nova caminhada: a da pesquisa clínica. E foi nessa interseção entre assistência e ciência que ela construiria sua maior criação profissional.
Ela é fundadora e diretora-executiva da CENDERS, um centro de pesquisa descentralizado que coloca o Estado no radar de estudos clínicos nacionais e internacionais. À frente da área financeira, contratual e estratégica, ela lidera projetos que aproximam inovação, qualidade e impacto social, abrindo portas para pacientes que antes estavam distantes dos avanços da ciência.
Implantar protocolos descentralizados, engajar equipes e garantir segurança aos participantes exigiu determinação, conhecimento e uma capacidade singular de articular redes. O que poderia ser um obstáculo se transformou em um marco para o estado. A CENDERS tornou-se referência e Renata, uma das vozes que consolidam o Espírito Santo como território fértil para pesquisa, desenvolvimento e inclusão científica.
O que move Renata é a visão de que a pesquisa clínica é muito mais do que um campo técnico. Para ela, é ferramenta de transformação social. Ela acredita que ciência acessível democratiza oportunidades, melhora a qualidade de vida e cria pontes entre comunidades e inovação. Seu propósito é fazer com que mais pessoas, especialmente fora dos grandes centros, tenham acesso a tratamentos modernos e acompanhamento qualificado.
Sua forma de liderar traduz esse olhar humano. Ela acredita na educação como base, no diálogo como instrumento e no time como força. Valoriza a escuta ativa, incentiva autonomia e constrói ambientes que estimulam crescimento e pertencimento. Para ela, projetos só são completos quando também formam pessoas.

Renata com a família. Foto: Arquivo pessoal
Fora do universo da pesquisa, a gestora encontra descanso e inspiração na natureza, nas viagens e, principalmente, na convivência com a família, que é sua base e sua motivação diária. É de onde vem sua força para continuar avançando e para sustentar o compromisso de fazer da ciência um caminho mais leve, mais inclusivo e mais próximo das pessoas.
Olhar para o futuro, para Renata, significa expansão, educação e impacto. Ela planeja fortalecer a CENDERS como centro de excelência nacional, ampliar áreas terapêuticas e criar programas de formação que preparem novos profissionais para atuar com ética, inovação e propósito. Quer deixar como legado um ecossistema mais justo e acessível, onde o conhecimento seja realmente capaz de mudar destinos.
Renata Vicente da Penha é dessas mulheres que transformam vidas a partir de escolhas silenciosas, consistentes e profundamente humanas. Uma capixaba que inspira pelo que faz, mas, principalmente, pela maneira como faz: com consciência, coragem e amor pelo que acredita.