Empoderamento e igualdade: a força da voz de jornalista capixaba que luta pelo direito das mulheres

Natural de Castelo, na Região Sul do Espírito Santo, a jornalista Kizzy Bortolo é uma das expoentes de uma comunicação assertiva e com responsabilidade social ao redor do País, focada em reportagens sobre o universo feminino, comportamento, empreendedorismo e empoderamento das mulheres.

Há 18 anos Kizzy é redatora da revista Marie Claire, da Editora Globo, e também atua como roteirista em diversos programas de TV, séries e documentários, e conquista diversos prêmios ao redor do Brasil e do mundo.

 

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Recentemente a capixaba fez parte da equipe da agência de publicidade ALMAP BBDO, que conquistou o Grand Prix de Cannes, na França, com o projeto TERR4, em campanha produzida para o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU).

Na última quinta-feira (27), Kizzy foi homenageada na Câmara Municipal de Castelo, com o prêmio “Maria das Graças Nicolli”, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

A capixaba recebeu a homenagem em função dos 20 anos de carreira dedicados a ajudar as mulheres por meio de suas reportagens.

“Estou muito honrada por receber essa homenagem na minha cidade natal, cidade onde eu nasci e que sempre gosto de enaltecer e evidenciar nas minhas reportagens […]”, disse Kizzy ao receber o prêmio em Castelo.

Na ocasião, a capixaba não deixou de agradecer o apoio de sua mãe. “Gostaria de estender essa homenagem a minha amada mãe, Maria de Lurdes Silva Bortolo, uma mulher admirável. Negra, professora e também castelense, pois foi com ela que aprendi a ser, antes de tudo, uma mulher livre. E quando falo livre, é livre de preconceitos e de amarras! Ela me ensinou, desde muito pequena, a voar e que lugar de mulher é onde ela quiser estar. Me ensinou a ser empoderada desde sempre e também a me posicionar, questionar e lutar pelos meus direitos”.

 

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Em suas produções, Kizzy exalta o valor feminino e luta pela igualdade de gênero ao redor do mundo. Sem abaixar a cabeça para quem tentar fazer o contrário.

“Através da minha escrita e da revista que escrevo [Marie Claire], que é uma revista feminina e extremamente feminista, feita somente por mulheres, onde nós abrimos espaço para que mulheres possam ser ouvidas e, assim, ampliamos suas vozes, muitas vezes esquecidas, oprimidas, reduzidas a nada e totalmente sem espaço. Através das nossas reportagens buscamos o tempo todo alertá-las sobre todo tipo de violência que nem elas mesmas sabem que passam ou que vivenciam no seu dia a dia. E lembrando que, ser feminista, não quer dizer que somos contra os homens. Muito pelo contrário. Apenas buscamos e lutamos por espaço e direitos iguais aos dos homens. Apenas isso”, afirma Kizzy.

A capixaba complementa: “O meu maior sonho como mulher e como uma jornalista comprometida com as causas femininas é extinguir de vez a desigualdade de gênero. E, para fazê-lo, precisamos do envolvimento de todos, para que todo mundo seja também porta-voz da equidade de gênero. Considero que ser mulher é conciliar força e sensibilidade. Desdobrar-se em mil, superar-se e reinventar-se sempre. Não temer desafios, conquistar espaços e lutar, permanentemente, por igualdade, que é o que venho fazendo ao longo da minha vida e também no meu trabalho”.

Motivada diariamente para promover oportunidades, igualdades e possibilidades de acesso às mulheres, Kizzy salienta que acorda todos os dias para tentar mudar, de alguma forma, a vida de alguma mulher através de sua escrita.