Com o foco de diminuir os danos da pobreza menstrual, startup capixaba é finalista em prêmio nacional de empreendedorismo

Formada por cinco alunas do ensino médio de uma escola da Serra, a startup capixaba ABS BALL é finalista na primeira edição da Olimpíada Nacional de Empreendedorismo, que terá premiação no início do mês de dezembro, em São Paulo.

O projeto capixaba tem como principal propósito resolver a questão da pobreza menstrual no Brasil, fornecendo acesso facilitado a produtos de higiene menstrual para mulheres em situação de vulnerabilidade. Em uma sociedade em que a falta de acesso a esses produtos afeta milhões de mulheres, a ideia visa aliviar o impacto desse problema.

A relevância do assunto se estende tanto para o Espírito Santo quanto para o âmbito nacional, conforme explica a orientadora das alunas, a professora Daniela Menegatti Dantas.

“O projeto ABS BALL é importante tanto para o Espírito Santo quanto em âmbito nacional. Ele tem o potencial de reduzir o impacto da pobreza menstrual na vida de milhões de mulheres. No Espírito Santo, estima-se que uma em cada quatro meninas não tem acesso a produtos de higiene menstrual. Nacionalmente, esse número é ainda maior, atingindo uma em cada três meninas”, sinaliza Daniela.

Fundado na cidade mais populosa do Espírito Santo, o projeto foi formado por cinco alunas do ensino médio da Escola Darwin durante uma aula de empreendedorismo. As alunas se inspiraram em suas experiências cotidianas para desenvolver essa iniciativa que visa abordar uma questão de saúde feminina que afeta inúmeras mulheres no país.

A startup conta atualmente com aproximadamente seis pessoas envolvidas, incluindo as cinco alunas fundadoras: Alice, Amanda, Ana Karla, Isabella e Joyce, além da professora e orientadora Daniela.

Durante o evento em São Paulo, marcado para 3 de dezembro, um dos focos da iniciativa capixaba é ganhar visibilidade, atrair investidores e estabelecer parcerias com outras empresas e organizações. Para a viagem até o estado vizinho, as jovens buscam fundos para arcar com os custos da viagem.

Atualmente, as alunas fomentam uma espécie de ‘vaquinha’ por meio da chave PIX 176.536.527-94 (em nome de Alice Amaral Rogério) e contam com a solidariedade daqueles que acreditam no potencial do projeto.

“Queremos conquistar esse título em São Paulo e focar em nossos planos de expansão. A startup pretende instalar máquinas em outros estados do Brasil, além de expandir para outros países. Ter uma fábrica de absorvente e ter como foco a campanha social de absorvente para todas as mulheres, oferecendo a elas dignidade na higiene pessoal”, conclui a orientadora Daniela.

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