Com estabelecimentos no Aeroporto de Vitória e nos shoppings Mestre Álvaro e Vitória, o Agavegan foi fundado por Pedro Henrique Rocha, em 2018, com objetivo de popularizar a comida vegana em terras capixabas.
Tudo começou com o sonho de ter seu próprio negócio. Pedro iniciou a vida de empreendedor com 15 anos, quando montou uma empresa de drinks. Trabalhou em outras lojas e se descobriu vendedor. Assim, nutria uma vontade de ter um empreendimento que fizesse bem para as pessoas.
Em 2017 conheceu o veganismo, movimento no qual humanos não exploram animais, promovendo o estilo de vida vegano para benefício das pessoas, animais e meio ambiente. Como um bom visionário, identificou que não havia tantas opções de restaurantes veganos no Espírito Santo e, com isso, uniu seus ideais com sua vida profissional para montar um restaurante.
“Juntei a vontade de empreender em algo que trouxesse coisas boas para as pessoas, como saúde e bem-estar, e casou com meu estilo de vida. O trabalho acabou se tornando a minha missão de vida”, relata.
A primeira loja foi aberta no Centro de Vitória e não demorou muito para migrar para o Shopping Vila Velha. Com a pandemia, o restaurante precisou fechar. Mas Pedro não deixou de vender as refeições veganas por delivery.
O Agavegan tornou-se uma potência na Grande Vitória que hoje é a primeira rede de restaurantes veganos do Espírito Santo, com lojas no Aeroporto de Vitória, Shopping Vitória e Shopping Mestre Álvaro.
Para o futuro, os planos são expandir as lojas para outros lugares do estado e do Brasil como, por exemplo, Belo Horizonte. Pedro comenta que, para isso, é essencial ter parceiros e investidores, uma vez que seja um pouco mais difícil empreender nesse mercado no momento, mas que tende a crescer.
De acordo com o empresário, ainda há muito sobre o que desmistificar no veganismo e é um movimento que precisa se tornar mais popular e democrático. Por isso, para tornar os pratos mais familiares e atrativos, fez questão de por sua própria identidade e criar pratos que agradassem todos os paladares: veganos e não veganos.
“Na loja do aeroporto, muitos empresários entram na loja, comem a comida e só depois que percebem que é vegana. Muitos relatam que quebram o preconceito a partir dessa experiência”, afirma.
Além do público encontrar pratos como feijão tropeiro, lasanha, strogonoff e o tradicional ‘prato feito’, tem opções de lanches, salgados, bolos e outros quitutes. Todos eles saborosos e feitos com muito amor e dedicação.
“As pessoas ainda têm um preconceito muito forte com o veganismo. Eu como chef e vegano, vejo muitas pessoas que deixam de provar a comida quando tem o rótulo de vegano”, diz.
Tal movimento é importante não só para que o veganismo se torne popular, mas também para pessoas que gostam de carne e sentem saudades de alguns pratos. Afinal, a comida não é apenas uma forma de nutrição. O ser humano cria laços e memória afetiva com os mais diversos pratos. O bolo, por exemplo, é um item quase indispensável em um aniversário. A canjiquinha (ou ‘péla égua’) não pode faltar nas festas juninas e o salpicão costuma estar presente nas mesas de natal.
Por isso, veganizar pratos populares é uma forma de incluir os mais diversos paladares. Inclusive aqueles que buscam opções mais saudáveis e pessoas com problemas alimentares, como o intolerante à lactose. Desse modo, o Agavegan disponibiliza pratos sob encomenda para festividades como páscoa, fim de ano, entre outros.
Além do sucesso, o Agavegan se empenha em ajudar projetos sociais, principalmente os que estão envolvidos com causa do meio ambiente. Um dos exemplos é apoiar produtores locais, arrecadar tampinhas para ONGs de animais, marmita para pessoas em situação de ruas, entre outros. Uma vez que o veganismo também é o movimento que visa a proteção ambiental, tais ações revelam o empenho da marca com o futuro do planeta.
Com isso, a empresa vem aplicando cotidianamente o ESG (Environment, Social & Governance – Ambiental, Social e Governamental). A sigla refere-se a práticas empresariais que priorizam a sustentabilidade, a responsabilidade social e a transparência. Esse conceito está sendo adotado por empresas que buscam desenvolvimento sustentável e a geração de valor.
“A gente está pavimentando uma estrada para que outras pessoas venham”, ressalta.
Conforme a pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – Ibope, cerca de 560 mil capixabas se consideram vegetarianas ou veganas, o que corresponde a 14% do estado.
Embora seja um número ainda pequeno, é uma população que tende a aumentar, pois, no Brasil, a população de vegetarianos cresceu 75% – de acordo com a pesquisa do Ibope feita em 2012 em comparação com a de 2018.
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