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A gripe aviária e a falência por má gestão

Publicado em: 20/05/2025

Por: Gabriel Harchbart

 

Na última semana, um caso isolado de gripe aviária no Brasil acendeu o alerta em toda a cadeia do agronegócio. Um único exame positivo para o vírus Influenza A, das cepas H5 e H7, colocou o setor em estado de atenção máxima.

Segundo especialistas, trata-se de uma versão altamente patogênica da gripe aviária, capaz de dizimar 100% de um plantel infectado em questão de dias. Um surto do tipo pode gerar abates sanitários em massa — como já aconteceu nos Estados Unidos —, paralisar completamente a produção e comprometer, de forma direta, as exportações brasileiras de carne de frango.

Agora, pare e pense: Você realmente acha que sua empresa está tão distante dessa realidade?

Esse não é um artigo sobre agronegócio. É sobre gestão.

 

A doença não é o vírus. A doença é a negligência.

A gripe aviária, aqui, serve como metáfora para o que pode acontecer com qualquer negócio mal gerido. Um erro, uma falha de controle, um descuido aparentemente pequeno — e todo o sistema entra em colapso.

Porque quando o gestor ignora protocolos, evita processos, dispensa planos de contingência ou não investe em monitoramento de riscos, ele está criando um ambiente ideal para a crise se instalar. E quando ela chega, não avisa. Só destrói.

Empresas, assim como granjas, precisam de sistemas de controle robustos. Não se trata de burocracia, mas de sobrevivência.

Toda organização precisa ter:

  • Diagnósticos constantes do ambiente interno e externo
  • Rituais e processos de gestão consolidados
  • Planos de ação claros em caso de crise
  • Estruturas de governança e tomada de decisão ágil
  • Comunicação estratégica, preventiva e reativa

 

Boas empresas são aquelas que prosperam. Empresas excelentes são aquelas que sobrevivem.

Porque sobreviver, em tempos de incerteza, exige mais do que visão e talento. Exige gestão.

  • Qual é a “gripe aviária” da sua empresa hoje?
  • Ela está no time, no caixa, na operação ou na cultura?
  • E o que você está fazendo — agora — para impedir que ela destrua tudo amanhã?

Se a resposta for “nada”, talvez já seja tarde demais.

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