Natural de Vitória, Rafael Lima Fontoura, de 23 anos, foi o vencedor do Pan-americano de Kung Fu. Ele trouxe para o ES o primeiro título internacional da categoria disputada em Brasília, na última semana. Foram mais de 300 atletas disputando, e o capixaba se destacou na categoria até 56 kg e ganhou o troféu da 13ª edição do Campeonato Pan-americano de Kung Fu Wushu.
E para chegar a essa conquista, ele passou por todo um processo. Em 2019, a presidente da Federação Capixaba de Kung Fu (FESKW), Paula Marciel, fomentava ações para levar mais capixabas para competições nacionais. E então, Rafael participou do processo seletivo da Seleção Brasileira de Kung Fu Wushu e garantiu a vaga no Pan-americano.
A preparação para a competição foi uma jornada um tanto exaustiva. Rafael conta que “foi uma batalha muito grande. Estava acordando às 5h30 para estar na academia e treinava até às 7h40, depois tinha que correr para casa e chegar no trabalho às 8h. Saía do trabalho às 18h e depois disso voltava para a academia e dava aulas até 23h”.
Além do seu esforço, o atleta teve apoio de pessoas a sua volta e agradece por toda a ajuda que recebeu para o título. “Primeiramente agradeço à minha mãe, Maria Aparecida Lima, conhecida como Cida dos Brinquedos, mulher guerreira que trabalha desde os 9 anos. Acredito que mães e pais são os maiores apoiadores e patrocinadores na vida de um jovem. Na vida adulta agradeço aos meus mestres, amigos e a todos que me ajudaram de alguma forma. Recebi apoio de comércios locais e sempre foi algo que me ajudou muito”.
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Rafael nasceu e cresceu na Grande São Pedro e começou a se interessar pela luta bem cedo. “Logo aos cinco anos comecei no esporte por meio da capoeira. Filho de mãe solteira e com mais quatro irmãos, ainda na infância fui apelidado de Sorin por ter os cabelos parecidos com o ex-jogador argentino Juan Pablo Sorín”.
Mais tarde, com sete anos conheceu o kung fu por causa de seus irmãos mais velhos e do amigo Richardson Lopes, que hoje é campeão brasileiro de kung fu. “Minha principal intenção era aprender a lutar para brigar nas ruas, mas após conhecer a arte marcial chinesa eu me encantei e comecei a aprender as regras e conceitos da disciplina.”