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Beat Locks: Cover mais antigo do Charlie Brown Jr. do Brasil é capixaba

Publicado em: 11/11/2024

Foto: Divulgação

Formada por Maurício Pratti, Lucas Carvalho, Nelison Batista, Vinicius Azevedo e Juan Pablo, o Beat Locks é o tributo mais antigo à banda Charlie Brown Jr. no Brasil e realiza shows em todo o país.

Tudo começou com Maurício Pratti, vocalista da banda. Ele conta que, durante a infância, seu pai deixou a família, e as músicas do Charlie Brown Jr. serviram como um refúgio e inspiração.

“A figura do Chorão passou de um ídolo para uma figura… digamos, paterna, né? Foi o cara que me ensinou muita coisa. Costumo dizer também que, enquanto o herói da ‘molecada’ era o Spider-Man, Super-Homem, eu tinha os meus super-heróis, que usavam boné de lado, um skate e um microfone, com uma ideia legal”, conta.

Com tamanha influência, Maurício decidiu que queria ter uma banda. Então, juntou-se aos amigos e formou uma banda. Aos 13 anos, tocou em sua própria festa de aniversário, no bairro Jardim Camburi, em Vitória, e foi um verdadeiro sucesso. Com o tempo, começaram a se apresentar em escolas e em pequenos eventos.

Aos poucos, a banda foi tocando em eventos maiores, e 2013 foi um ano de bastante crescimento — mas não por um motivo feliz.

“Quando aconteceu a tragédia com o Charlie Brown, principalmente com o Chorão, em março de 2013, a banda catapultou. Chegamos a fazer dois shows por dia, já deixávamos dois sets montados. Enquanto estávamos em um local tocando, o outro set já estava montado para corrermos e tocar em outro lugar. Entrevistas e shows… Enfim, shows fora do estado. Foi um momento muito triste, lógico, marcante principalmente para mim, pela partida do Chorão. Mas, em termos de banda, de shows, foi um impulso para a gente”, relembra.

Com o sucesso contínuo, a banda ficou reconhecida nacionalmente, e o que começou como uma admiração virou uma amizade. Em 2015, o Beat Locks subiu ao palco com Marcão e Pinguim, guitarrista e baterista do Charlie Brown Jr., e desde então, a parceria se consolidou, com novas apresentações acontecendo nos anos seguintes. Hoje, a relação entre fã e ídolo evoluiu para algo mais próximo, com encontros e visitas frequentes em Santos, reforçando os laços de amizade e a parceria na música.

Em 2017, o Beat Locks lançou sua primeira música autoral, intitulada “Pra Você Ficar na Escuta”. A recepção dos fãs foi bastante positiva, e até uma rádio apoiou o som autoral.

“Fui muito cara de pau e bati na porta deles, estava ao vivo, apresentei o som, e a rádio gostou muito. Essa música se tornou vinheta da rádio por cerca de seis meses. Enfim, viramos grandes parceiros e estamos juntos até hoje”, destaca.

Atualmente, a banda se prepara para o lançamento de seu quinto single, “O Mesmo Céu”, marcado para o dia 29 de novembro. “É uma música que fala sobre encontros e explora a perspectiva da mulher atual, seu modo de pensar… É mais ou menos sobre isso que a letra aborda”, explica Maurício.

Uma curiosidade sobre o nome da banda é o processo quase “espiritual” que levou Maurício Pratti a escolher o nome Beat Locks. Ele conta que sempre teve uma sensibilidade espiritual desde pequeno, uma “antena” para outro plano, mesmo sem entender totalmente essa conexão.

Um dia, enquanto estava dentro de um ônibus Transcol lotado, indo para Vila Velha, ele teve uma visão inusitada. Procurando um nome para a banda, Maurício olhou para fora e viu uma faixa com o nome “Beat Locks” projetado como se estivesse no Convento da Penha. Embora soubesse que aquela faixa não existia fisicamente, ele anotou o nome. Depois, mostrou para os amigos da banda, que aprovaram a ideia imediatamente. Desde então, o nome ficou, e ele brinca que o Beat Locks é uma banda “só para louco”, lembrando a experiência surreal que deu origem ao nome.

Conheça mais sobre a banda no Instagram, veja no YouTube e ouça no Spotify.

Foto: Divulgação

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