Com mais de 60 anos de história no cooperativismo capixaba, a CACAL – Cooperativa Agrária Mista de Castelo – vive um novo momento de expansão. Fundada em 1963 por 20 produtores de leite da região, a cooperativa nasceu com o objetivo de fortalecer a comercialização do leite e viabilizar o acesso a insumos agrícolas de forma mais acessível. Hoje, com cerca de 900 cooperados e mais de 100 funcionários, a CACAL amplia sua atuação em todo o Espírito Santo e também em parte do estado do Rio de Janeiro.
O superintendente da cooperativa, Antônio Savio Piassi, conta que a história da CACAL é marcada por superações. Ele relembra o ano de 2004, quando o pai, Domingos João Piassi, assumiu a presidência. “Foi um ano difícil, a CACAL se encontrava em uma condição financeira muito precária, acumulando dívidas com fornecedores e governos”, lembra.
Mas foi unindo experiência, visão de negócio e vontade de alavancar a cooperativa que o rumo da CACAL mudou. “No começo de 2005, em consenso com o conselho de administração, o presidente decidiu paralisar as atividades do laticínio, virou o foco da cooperativa para a nutrição animal e lojas de insumos agrícolas”, conta Antônio Savio sobre a virada de chave da organização com a presidência do pai.
Desde então, a CACAL vem crescendo de forma sólida. A produção de nutrição animal ganhou protagonismo, com destaque para rações e sais minerais voltados para bovinos, suínos, aves e equinos.
Festa de Confraternização da Cacal. Foto: Arquivo pessoal
Atualmente, a cooperativa produz cerca de 1,47 mil toneladas de rações e sais minerais por mês, a partir de um dos mais modernos parques industriais do Espírito Santo, inaugurado em 2022. Além disso, atua com lojas agropecuárias em Castelo e Guaçuí e mantém a captação diária de cerca de 22 mil litros de leite de seus cooperados.
Em 2024, a CACAL atingiu um faturamento de R$ 69 milhões, fruto da comercialização de mais de 6 milhões de litros de leite e 17 mil toneladas de produtos de nutrição animal. O resultado financeiro gerou R$ 1,07 milhão em sobras, a serem distribuídas aos cooperados.
O impacto da cooperativa para o desenvolvimento cidade de Castelo também é notório. Além de gerar mais de 100 empregos diretos, a CACAL repassou mais de R$ 2,5 milhões aos cofres públicos somente em 2024.
Com números expressivos, a meta para este ano é ousada, mas não impossível diante do trabalho que vem sendo realizado pelo presidente Domingos Piassi, pelo vice-presidente Jesus Zardo e por todos os cooperados. “Nossa meta para 2025 é alcançar faturamento de R$ 100 milhões, fazer a abertura de mais uma loja agropecuária na cidade de Cachoeiro de Itapemirim e realizar o lançamento de nossa marca de produtos para nutrição pet”, afirma Antônio Savio.
Presidente da CACAL, Domingos Piassi, e vice-presidente, Jesus Zardo
A expansão da CACAL tem se dado de forma planejada e com foco em sustentabilidade e inovação. A cooperativa é autossuficiente em energia elétrica graças à sua usina fotovoltaica, além de oferecer assistência técnica em manejo de solo e pastagens que contribuem para a preservação ambiental.
Na área social, participa do Dia C, um grande evento que as cooperativas promovem para ofertar à comunidade atendimentos e serviços voluntários. Além disso, a organização está desenvolvendo um projeto de educação cooperativista para jovens e crianças.
Com estrutura de governança consolidada e foco na qualificação das pessoas, a CACAL se tornou referência entre as cooperativas capixabas. “Sempre valorizamos parcerias estratégicas, como com a Selita, Cooabriel, Capil, Coopram, entre outras cooperativas”, destaca Antônio Savio.
Superintendente da cooperativa, Antônio Savio Piassi. Foto: Arquivo pessoal
Ele também afirma a importância de instituições parceiras para o desenvolvimento da cooperativa e das pessoas. “O apoio da OCB/ES no desenvolvimento das pessoas, a parceria com a Fundação Dom Cabral e o programa PAEX, tem sido um divisor de águas no aperfeiçoamento da gestão”, considera o superintendente.
Com sua história e gestão responsável, a CACAL mostra que o cooperativismo gera renda, emprego, sustentabilidade e desenvolvimento regional. Em Castelo e em outras regiões do Espírito Santo, seu impacto vai além da além do agro.
Um Orgulho que move a economia capixaba!