Ivan Willian | Foto: Arquivo Pessoal
Nascido e criado no município de Santa Teresa, Ivan Willian consegue capturar o que podemos dizer ser o melhor do ser humano: a essência. Aos 34 anos, Ivan faz registros fotográficos em todo o estado, no Brasil e até no exterior.
Sua carreira começou há cerca de 15 anos, quando entrou para uma produtora local.
“Era uma produtora que fazia foto e vídeo, e eu entrei como uma oportunidade de emprego. Tinha algum conhecimento de informática e comecei a ajudar na parte de produção e edição”, relembra.
Na época, eram usadas câmeras grandes, de ombro, que gravavam em fitas, e Ivan atuava como um auxiliar e foi aprendendo de tudo um pouco. Após um acidente com o fotógrafo principal do estúdio, a produtora fechou e o rapaz tomou coragem para abrir seu próprio estúdio.
“Eu fiquei um tempo ajudando a dar continuidade a algumas coisas, e depois disso abri meu estúdio. Comprei até algumas coisas deles e comecei a me profissionalizar de verdade”, comenta.
A profissionalização, no entanto, não foi fácil.
“Na época, era muito difícil fazer cursos. Não havia cursos online, e eu tinha que esperar alguém vir para Vitória para conseguir me capacitar”, lembra.
Mesmo assim, ele perseverou e acompanhou as mudanças tecnológicas que revolucionaram a fotografia, desde os equipamentos até o surgimento das redes sociais.
“Quando vieram as redes sociais, eu consegui divulgar meu trabalho. Antes, era muito no boca a boca e é difícil para alguém novo entrar no mercado. O Facebook ajudou, mas foi o Instagram que realmente firmou meu estúdio”, explica.
Com o tempo, aperfeiçoou suas técnicas e criou um estilo próprio.
“Acredito que minha fotografia é muito pensada em ser uma fotografia atemporal. Eu faço fotos que, daqui a 10, 20, 30 anos, ainda vão despertar boas sensações. Não sigo modismos, como edições exageradas ou cores alternativas”, explica.
Durante a contratação, é comum os clientes dizerem que não são expressivos ou que não conseguem ser naturais. Mas, para Ivan, isso não importa.
“A realidade é que a pessoa não precisa ter talento. O que é importante é o fotógrafo ter a técnica certa de direção para conseguir aquelas fotos mais naturais, com mais sentimentos e mais expressão. Isso vai muito da direção fotográfica, e é uma coisa que eu sempre estudei, algo a que sempre me dediquei muito para desenvolver nos meus ensaios”, destaca.
Além dos ensaios, o fotógrafo também é especialista na cobertura de eventos, eternizando diversos momentos especiais.
“Ao longo desses anos todos, já fotografei muitos momentos que foram realmente marcantes. Um que eu lembro muito foi uma vovozinha que foi de cadeira de rodas ao casamento dos netos. Ela estava bastante debilitada, mas fez questão de ir. Eu consegui fotografar o momento em que a noiva deu um beijo na testa dela, e foi uma foto muito bonita. Se não me engano, ela acabou falecendo no dia seguinte ou dois dias depois. Essa foto me marcou muito, porque foi um momento que vai ficar eternamente registrado naquela foto”, relembra.
“Outra marca que ficou foi os ensaios que fiz em lugares que eu sempre quis conhecer. Fotografei em Paris no ano passado, consegui fazer alguns ensaios lá e na Holanda também. Paris, principalmente, era um local que eu sempre quis conhecer. Essas fotos foram um divisor de águas, porque meu portfólio ganhou outro patamar”, conclui.