Foto: Prefeitura de Santa Teresa
Hoje é dia de comemorar a trajetória de um dos municípios mais encantadores do Espírito Santo. Neste 26 de junho, Santa Teresa celebra mais um ano de história, com orgulho de ser pioneira na imigração italiana no Brasil e de reunir, em suas montanhas, natureza exuberante, cultura viva e um povo que preserva suas raízes.
Fundada oficialmente em 26 de junho de 1875, Santa Teresa nasceu do sonho e da coragem de imigrantes italianos que, ao chegarem ao Espírito Santo, escolheram o Núcleo de Timbuhy como lar. Com o tempo, o povoado se desenvolveu e se tornou símbolo da colonização italiana no país.
A cidade carrega esse reconhecimento histórico por meio da Lei nº 13.617/2017. Com o documento, Santa Teresa foi oficialmente declarada a pioneira da imigração italiana no Brasil. Segundo registros do Arquivo Público do Estado, já havia italianos estabelecidos na região desde outubro de 1874, pouco após a chegada do navio “La Sofia” ao porto de Vitória.
Rua do Lazer. Foto: Descubra o ES
Mais do que berço da imigração, Santa Teresa se destaca por manter viva sua cultura e suas tradições. Aproximadamente 90% da população possui descendência italiana, o que se reflete na gastronomia, nas festas religiosas, na música, na língua e no estilo de vida acolhedor.
Cercada pela Mata Atlântica, a cidade guarda um dos territórios com maior biodiversidade do mundo, sendo reconhecida como a Terra dos beija-flores, das orquídeas e de Augusto Ruschi, patrono da ecologia no Brasil.
Além disso, Santa Teresa é um destino turístico de destaque no Estado, atraindo visitantes com suas cachoeiras, trilhas, clima de montanha e eventos culturais.
Rampa de Voo Livre . Foto: Descubra o ES
Com forte vocação agrícola, Santa Teresa também é o maior produtor de uva e vinho do Espírito Santo, representando cerca de 80% da produção estadual.
Uma das referências do agroturismo em Santa Teresa é a Cantina Mattiello, inaugurada em 1996 como uma forma de complementar a renda da família e valorizar a tradição dos antepassados. “Fomos uma das primeiras empresas a dedicar o trabalho todo voltado para o agroturismo e ajudar a desenvolver a região”, conta Eliton Stanger, proprietário da vinícola. Desde o início, a identidade da Cantina esteve ligada às raízes italianas, o que se reflete inclusive na logomarca: um casal de imigrantes italianos, símbolo do compromisso da família com a preservação da cultura local.
A história começou com os fermentados de jabuticaba produzidos artesanalmente pelo sogro de Eliton, evoluindo para uma estrutura preparada para receber turistas, com loja própria e produtos com rótulo. Com o tempo, a produção cresceu, a uva passou a ser cultivada pela própria família e também adquirida de outros produtores locais. Hoje, a Cantina Mattiello produz 24 rótulos diferentes e oferece uma experiência completa ao visitante, com vinhos, licores, biscoitos, queijos, cafés e outras delícias da região.
Entre os destaques da produção está o fermentado de jabuticaba, considerado o carro-chefe da vinícola. A bebida, que começou na versão tinto suave, ganhou novas versões ao longo do tempo, incluindo branco suave, branco seco, espumante e até um destilado especial: a Morena Tropicana, envelhecida por dois anos em barricas de carvalho, no estilo de um conhaque. Tradição, inovação e autenticidade caminham juntas na Cantina Mattiello, um dos orgulhos de Santa Teresa.
Cantina Mattiello. Foto: Divulgação Cantina Mattiello
Em cada canto, uma história. Em cada rua, um traço da imigração. Em cada morador, o orgulho de pertencer a uma terra que transformou dificuldades em tradição e que segue inspirando o Espírito Santo com sua beleza, cultura e hospitalidade.
Parabéns, Santa Teresa!