Cachoeira da Rampa, em Brejetuba / Foto: PMB
A green tech francesa NetZero vai investir, aproximadamente, R$ 20 milhões na instalação de uma fábrica de biochar, no município de Brejetuba. A expectativa é que sejam gerados 30 empregos diretos e o início da operação está previsto para o começo de 2024. No fim da última semana, o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, participou do lançamento da pedra fundamental da unidade e também assinou a Ordem de Serviço para a construção da Fazenda Esperança no município.
“O projeto da startup pioneira na produção de biochar está em sintonia com os investimentos que o Estado quer. A chegada desta inovação no Estado vai trazer diversos benefícios nas áreas ambiental, econômica e social. Isso porque reúne algo fundamental que é a cooperação. Será muito importante a vinda da NetZero para a região e será a primeira experiência do projeto no Espírito Santo”, pontuou Ricardo Ferraço.
“Essa novidade tinha que começar por Brejetuba, que é uma região que produz muito café e de qualidade. Esse é um município que contribui muito para o nosso desenvolvimento econômico e social, além de ter enorme capacidade empreendedora. É uma honra para o Espírito Santo ser o segundo produtor de café do Brasil e estar crescendo na produção de cafés especiais. Inaugurando essa unidade, já podemos seguir para instalar uma unidade no norte do Estado, na região do Conilon”, complementou Ferraço.
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Visualmente semelhante ao carvão vegetal, o biochar é obtido pela extração do carbono contido nos resíduos vegetais e a tecnologia usada promete ajudar a resolver um problema histórico no Espírito Santo, a destinação da palha do café. Segundo maior produtor de café do País, o Estado registra alta produção do insumo.
“Nossa palha de café tem sido queimada gerando prejuízo para a atmosfera e, com essa iniciativa, o Estado entra numa fase mais contemporânea que é a produção de bioinsumos. O Brasil não pode ficar dependente de outros países para trazer estes produtos para fazer fertilizantes sintéticos. Atualmente, o País importa bilhões de dólares por mês, simplesmente para fazer esta força da nossa agricultura”, salientou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Com a parceria entre a NetZero e a Coocafé, será possível recuperar milhares de toneladas de resíduos da casca do café e transformá-los em biochar, que será usado como corretivo do solo pelos mesmos cafeicultores para melhorar a produtividade e reduzir o uso de fertilizantes sintéticos.
“Essa nova fábrica confirma o interesse que o biochar desperta entre nossos principais parceiros: os agricultores. Nosso modelo é totalmente adequado às necessidades e à realidade local, o que é um elemento-chave para o aumento de escala. Estamos muito satisfeitos em continuar nossa parceria com a Coocafé e seus produtores, pioneiros no uso do biochar em grande escala”, afirma o cofundador da NetZero e CEO da NetZero Brasil, Pedro de Figueiredo.
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