Foto: Freepik
Texto por: Matheus Thebaldi
Até onde vai a loucura por seu clube do coração ou simplesmente por amar futebol? Tem torcedor que faz tatuagem (inclusive, eu), tem aquele que não liga de viajar quase três dias de busão para assistir a seu time e também tem quem goste de colecionar camisas.
É o caso do técnico industrial William de Oliveira, que montou em sua casa um “museu” de aproximadamente 5 mil camisas dos mais diversos times, todas devidamente organizadas. Tudo começou há quase 30 anos, quando ganhou de um professor a camisa do Ibiraçu.
“O gosto por futebol foi herdado de minha família. Ganho a maioria das camisas e guardo todas com muito carinho. Difícil mencionar qual delas é a mais especial. Nem tenho ideia de quanto vale esse acervo”, contou William, que também tem uma loja em Itapoã, Vila Velha, que comercializa camisas independentes da coleção.
William de Oliveira Foto: Divulgação
Paixão grená
O policial militar Vitor Reis é um apaixonado pela Desportiva Ferroviária. Ele tem nada menos do que 65 camisas do clube de Jardim América. Ele acha que ninguém tem uma coleção parecida com a sua no Espírito Santo. Essa é apenas uma das loucuras que já fez pelo time de coração. “Fui com dois amigos para Aracruz ver a final do Capixabão de 2013. Fomos campeões no apagar das luzes e tive que voltar rápido para Vitória pois iria trabalhar naquele mesmo dia”.
E ele faz questão de transmitir essa paixão para suas filhas, Alice e Amanda, quase sempre presentes nos jogos do Araripe e muitas vezes entrando em campo com os jogadores. “Comecei acompanhar a Desportiva em 1994. Foi contra o Náutico, pela Série B do Brasileiro. Um vizinho meu me chamou e eu fui com ele. Depois desse dia, nunca mais deixei de acompanhar a Desportiva. Quase todos os dias saio e uso uma camisa do maior do ES”.
Vitor Reis. Foto: Divulgação
É tempo de Botafogo
O contador Rafael Rossi é um alvinegro fanático. Em seu acervo, são 600 camisas do Glorioso, o que o torna o maior colecionador do clube da Estrela Solitária no Brasil. Os contatos que ele tem no Rio de Janeiro permitem que ele receba camisas de jogos quase que imediatamente. “Eu comecei a colecionar, de fato, em 2006. A primeira camisa foi uma da TAM e da Topper”.
Rafael Rossi. Foto: Divulgação
Homenagem tricolor
Em comemoração pelo histórico título do Fluminense na Libertadores de 2023, o casal capixaba Wanessa Franco Rocha e Leandro da Silva Rocha resolveu registrar o primeiro filho com o nome “Germán Kennedy”, hoje com 9 meses, numa junção dos ídolos Germán Cano e John Kennedy. Foi o pagamento de uma promessa durante a campanha do Tricolor das Laranjeiras, na qual Leandro combinou com a esposa que, caso o Flu fosse campeão, o nome do bebê seria uma homenagem ao time.
Leandro Rocha e família. Foto: Divulgação
Tatuagem
Entre tantas outras histórias, também deixo a minha aqui registrada. Como sabem, sou botafoguense. Há anos tinha em mente fazer uma tatuagem alusiva ao Glorioso caso voltássemos a conquistar um grande título. Após a frustração de 2023, a esperança de cumpri-la foi renovada à medida que o time foi avançando na Libertadores, concomitante à arrancada no Brasileirão. Assim que fomos campeões da América, ainda na noite daquele histórico dia 30 de novembro, peguei o contato do tatuador que trabalha ao lado do bar onde assisto aos jogos e marquei de cravar o escudo do meu clube no braço na terça-feira seguinte. Para completar e para ninguém ter dúvida dos momentos pelos quais já passei com o Botafogo, a tattoo vem com a frase “Te apoiarei até minha vida acabar”.
Matheus Thebaldi e filho. Foto: Divulgação.
E você, qual loucura é capaz ou já fez pelo seu time?