Jornalista e escritor Jose Roberto Santos Neves | Foto Daniella Spadeto
Em “Diários do Rock In Rio”, que terá lançamento em 04 e 14 de setembro, José Roberto Santos Neves relata os bastidores e entrevistas do maior festival de música do mundo pelo olhar de um jornalista capixaba
O Rock In Rio é muito mais do que um megaevento: representa um marco geracional e comportamental no país. O jornalista José Roberto Santos Neves acompanhou de perto as atrações do Rock In Rio por um Melhor, em janeiro de 2001, e traz agora o registro daquela cobertura histórica no livro “Diários do Rock In Rio – Os bastidores e entrevistas da terceira edição do maior festival de música do mundo pelo olhar de um jornalista capixaba” (Editora Cândida).
O lançamento será no dia 04 de setembro, às 19h, na Biblioteca Pública do Espírito Santo Levy Cúrcio da Rocha, em Vitória. No dia 14 de setembro, o autor vai apresentar a obra em edição especial da Vilazinha Feira Hype, comemorativa aos 40 anos do Rock In Rio, das 15h às 20h, na Pousada VilaZinha, na Prainha de Vila Velha.
Realizada em 2001, a terceira edição do Rock In Rio marcou o retorno do festival à Cidade do Rock, dez anos depois da versão que utilizou como palco o Estádio Jornalista Mário Filho – Maracanã. Consciente da força de sua marca, o Rock In Rio desenvolveu um potente projeto social a bordo da campanha “Por Um Mundo Melhor”. Durante três minutos, 98 milhões de pessoas uniram-se em silêncio para desejar melhorias à vida cotidiana. A partir daquela edição, parte da renda do festival passou a ser destinada a projetos sociais.
Designado pelo jornal A Gazeta (ES) para a cobertura do festival, José Roberto Santos Neves acompanhou os sete dias do megaevento, as mais de 160 atrações musicais e as diversas coletivas de imprensa organizadas pela produção do Rock In Rio com artistas como Iron Maiden, Red Hot Chili Peppers, Foo Fighters, Oasis, Dave Matthews Band, Britney Spears, ‘N Sync, Sandy & Junior, Sheryl Crow e Cássia Eller, entre outras estrelas da música pop.
Ao todo, mais de 150 artistas e 1,235 milhão de pessoas acompanharam o festival, considerado como um divisor de águas na indústria do entretenimento.
Em 120 páginas, valendo-se de textos inéditos e do resgate das matérias e imagens de época, José Roberto Santos Neves propõe ao leitor uma viagem no tempo, relacionando o Rock In Rio Por Um Mundo Melhor com as transformações ocorridas no mercado musical, nas comunicações e no mundo ao longo das duas últimas décadas.
“A terceira edição do Rock In Rio foi um marco por ter sido a primeira a contemplar a preocupação ambiental, o advento da Internet e o desenvolvimento da comunicação digital para ampliação do contato com o público”, afirma José Roberto.
Naquela edição, o festival disponibilizou, pela primeira vez, além dos grandes concertos do Palco Mundo, três tendas de cultura e arte com artistas de diferentes nações: artistas nacionais na Tenda Brasil, World Music na Tenda Raízes e palestras e exposições na Tenda Mundo Melhor.
Este olhar multifacetado em torno de diferentes culturas, ritmos e linguagens artísticas contribuiu para a construção de uma visão empresarial que se mantém atual nesse segmento. Afinal, no festival daquele ano dividiram as atenções do público o heavy metal do Iron Maiden e a febre das boybands, o rock sessentista de Neil Young e o pop experimental de Beck, a MPB de Gilberto Gil e Milton Nascimento, juntamente com o histórico embate entre o rock norte-americano e o britânico – representados, respectivamente, por Guns N’ Roses e Oasis.
Em 2001, lembra José Roberto, vivia-se a transição do mundo analógico para o mundo digital. “Havia o pânico coletivo provocado pelo ‘Bug do Milênio’, que não se consolidou. E a indústria fonográfica assistia à ruína de seu antigo modelo de negócios diante do advento do MP3 e do crescimento avassalador da distribuição de música digital”, descreve Jimmy Page.
Entre as curiosidades daquela cobertura, o autor cita a concorrida coletiva de imprensa da banda britânica Iron Maiden, que surpreendeu os jornalistas ao anunciar a presença do lendário guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page. As provocações do guitarrista do Oasis ao Guns N’ Roses e a irritação do líder do Foo Fighters, Dave Grohl, diante da pergunta de um jornalista sobre o Nirvana também estão entre os bastidores contados pelo jornalista.
No último capítulo, José Roberto revela a motivação para registrar em livro tudo o que viu naquela edição do festival.
“Todo repórter que se preza sonha em cobrir um grande evento na sua área, seja nas artes, na música, no esporte, na política, no turismo, na saúde, na tecnologia, na religião, nas festas populares. O que me move nesta obra é transportar o leitor para a atmosfera emocional de um festival que colocou o Brasil no mapa dos grandes shows internacionais, a partir do foco na reportagem e no rock como atitude e identidade cultural”, revela.
“Diários do Rock In Rio – Os bastidores e entrevistas da terceira edição do maior festival de música do mundo pelo olhar de um jornalista capixaba”
Autor: José Roberto Santos Neves
Número de páginas: 120
Editora: Cândida
Preço de capa: R$ 50,00
Onde adquirir: https://loja.editoracandida.com.br/
VITÓRIA
Data: 04 de setembro (quarta-feira)
Horário: das 19h às 21h
Local: Biblioteca Pública do Espírito Santo Levy Cúrcio da Rocha – Av. João Batista Parra, 165, Enseada do Suá, Vitória (ES), 29.050-375
VILA VELHA
Data: 14 de setembro (sábado)
Vilazinha Feira Hype – Tema Rock In Rio 40 Anos
Horário: das 15h às 20h
Local: Pousada VilaZinha – R. Vinte e Três de Maio, 120, Prainha, Vila Velha (ES), 29.100-100
Apresentação musical: Kinho Sucupira
Entrada: gratuita
“Diários do Rock In Rio” é uma visita à efervescente virada do século, mas também nos mostra como algumas das pretensões do festival, como os apelos pelo respeito à natureza e a expectativa por um mundo melhor, ainda estão presentes nos dias atuais. José Roberto Santos Neves nos traz esse cenário com a atenção aos detalhes e a precisão nos relatos, marcas do trabalho de quem tem uma brilhante carreira como jornalista e que se revela, a cada obra publicada, um excelente escritor” (Antonio Carlos Batista Leite)
SOBRE O AUTOR
Nascido em Vitória (ES), em 1971, José Roberto Santos Neves é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com pós-graduação em Gestão em Assessoria de Comunicação pela Faesa. Trabalhou no jornal A Gazeta entre 1994 e 2013, como repórter, crítico musical e editor do Caderno Dois. É o criador da página Fanzine, que circulou entre 1995 e 2011 nesse mesmo diário, e do Caderno Pensar, espaço voltado para a reflexão cultural e difusão do conhecimento, que permanece em circulação.
É autor dos livros “Maysa” (2004), a primeira biografia da cantora Maysa; “A MPB de Conversa em Conversa” (2007), reunindo bastidores de 40 entrevistas com grandes nomes da música popular brasileira; “Rockrise – A História de uma Geração que fez Barulho no Espírito Santo” (2012); “Crônicas Musicais e Recortes de Jornal” (2015); e “Os Sons da Memória – Uma leitura crítica de 40 discos que marcaram época na música do Espírito Santo” (2021, Editora Cândida).
Também é autor dos e-books “O Pop que fez História por essas Bandas – Arranjos para Orquestra de Violões” (2020, Fames) – textos e pesquisa; e “Vale Música ES – 20 anos” (2022), contando a história do Projeto Social Vale Música Espírito Santo, patrocinado pelo Instituto Cultural Vale.
Teve textos publicados nos volumes “Escolas”, “Vitória de Todos os Ritmos”, “Rádio” e “Ufes – 65 Anos”, da Coleção Escritos de Vitória, editada pela Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Vitória; no livro “Morro dos Alagoanos, Sim Senhor!”, coordenado por Raimundo de Oliveira; no Vol. 22 da Revista da Academia Espírito-Santense de Letras; dentre outras publicações.
Como baterista, gravou os CDs “Hidden Melody” (1994), da banda The Rain, e “Todo dia é dia de blues” (2003), da Big Bat Blues Band.
Em junho de 2014 foi eleito para a Cadeira nº 26 da Academia Espírito-Santense de Letras, antes ocupada pelo jornalista e escritor Marien Calixte. É membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo desde 2015.
Em reconhecimento à sua pesquisa no campo da Música Popular Brasileira, desde o ano de 2017 o nome do autor foi inserido como verbete no Dicionário Cravo Albin da MPB.
22 edições desde 1985;
3.816 artistas escalados;
11,2 milhões de pessoas na plateia;
73 milhões de árvores garantidas na Amazônia;
237,5 mil empregos gerados;
12 milhões de fãs online;
130 dias de shows, desde 1985
Fonte: site oficial do festival