Leci Brandão, Budah e Gaby Amarantos agitam 8ª edição do Tenda Lab, celebrando a pluralidade da música brasileira

Depois de mobilizar um público estimado em 20 mil pessoas, na edição de 2022, a oitava edição do festival TendaLab está de volta, trazendo o slogan “Vem todo mundo!”. O evento, que reúne em sua programação grandes nomes da música brasileira, será realizado nesta sexta-feira (16) e sábado (17), no estacionamento da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no campus de Goiabeiras, Vitória. A entrada é gratuita.

Com curadoria e idealização da produtora cultural Lucia Caus, o festival visa, a cada nova edição, ser um painel plural da música produzida no Espírito Santo e no Brasil, além de um espaço para formação de plateia. “O TendaLab é um festival de fomento da música brasileira. A proposta de curadoria é sempre reunir artistas de diversas gerações, promovendo um intercâmbio de gêneros e atrações musicais de várias partes do país com o público do Espírito Santo”, ressalta.

 

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Programação

Com artistas de diferentes gerações e gêneros musicais, como rock, pop, MPB, brega, carimbó, pagodão baiano e samba, o TendaLab apresenta, na sua edição de 2023, um line-up ao mesmo tempo original e alinhado com os grandes festivais de música que acontecem em diversas partes do Brasil. Dessa forma, o evento é um recorte da produção musical contemporânea, além de uma janela para os artistas que produzem no Espírito Santo.

Na sexta-feira (16), a programação começa às 21h30, com a compositora, cantora e rapper capixaba, Budah, dona de letras marcantes e envolventes, que costumam abordar temas de romance e situações rotineiras sempre carregadas de referências em R&B. Com parcerias com nomes como Djonga e MC Cabelinho, ela é a front feminina que compõe a nova temporada de shows do coletivo Poesia Acústica, além de ter sido convidada para participar do projeto internacional Colors.

 

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A noite conta ainda com a DJ e drag queen Úrsula Pussynail. Sinônimo de empoderamento e música, ela constrói sets que contam uma história através da mixagem. Na pista, mistura pop internacional e nacional de todas as eras, a nova MPB e o funk. O público vai ouvir de tudo: música de amor, de superação, de descer até o chão, de felicidade pura, de amor próprio, de empoderamento.

Idealizado pelo cantor, compositor e percussionista Jahfa e pelo músico e produtor musical Gabriel Ruy, o Jahzz é outra atração do festival. O grupo promove um flerte experimental entre o jazz e o reggae. O som da banda veio da improvisação, do swing e dos ritmos não lineares do jazz que se misturaram aos cortes rítmicos e dançantes do reggae, criando um estilo musical único.

Na mesma noite, a dama do samba Leci Brandão também sobe ao palco do TendaLab. Nascida em Madureira e criada em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, ela foi a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores da Mangueira. Com mais de 40 anos de carreira, ela promete uma apresentação emocionante com clássicos como “Café com Pão” e “Zé do Caroço”.

O encerramento do primeiro dia fica a cargo da banda Mukeka di Rato, um dos mais importantes nomes do underground mundial. Formada por Fábio Mozine, Fabio Trucci e Christian Colela, chega com novo vocalista, o compositor Fepaschoal, para apresentar seu mais recente álbum, “Boiada Suicida”, que reflete os impactantes e decisivos processos políticos que atravessam a história recente do país.

No sábado (17), a partir das 22h, comemorando 50 anos de carreira, a cantora Simone se apresenta no TendaLab com o show “Tô Voltando”. Com direção musical de Pupillo e direção-geral de Marcus Preto, o espetáculo reúne inúmeros clássicos da música brasileira imortalizados na voz da cantora. Entre os hits, estão “Jura Secreta” (Sueli Costa/ Abel Silva), “Começar de Novo” (Ivan Lins/ Vitor Martins) e “Tô Voltando” (Maurício Tapajós/ Paulo César Pinheiro). O repertório inclui ainda “Divina Comédia Humana”, canção que Belchior escreveu para a cantora lançar em “Face a Face” (1977), mas que acabou ficando de fora do álbum.

Na sequência, a discotecagem fica por conta da DJ e drag Jamboo, que promete manter, durante os intervalos das apresentações, o clima de animação do público. Seus sets são repletos de brasilidade, com especial atenção à música produzida no Norte e no Nordeste do país. Além disso, ela é dona de um visual único que é um show à parte durante suas performances.

O fenômeno Gaby Amarantos sobe ao palco do TendaLab na sequência. A artista, que também é apresentadora e atriz, traz para a cidade a #Purakêtour, que convida o público a viver um pouco da sensação de estar na Amazônia. Além das canções do álbum, ela canta vários sucessos como “Ex Mai Love” e “Xirley”.

O encerramento fica a cargo do grupo Àttooxxá, com seu groove ancestral que integra o mundo à Bahia. O som é uma mistura de vários sons periféricos do mundo associados ao pagodão baiano e à produção do bass culture, com uma estética contemporânea, transcendental e afrofuturista.

Acessibilidade

Todas as apresentações musicais do TendaLab contarão com acessibilidade em Libras. O evento também garantirá espaço reservado para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida, afirmando o conceito de uma programação diversa e inclusiva.

O festival é realizado com patrocínio da ArcelorMittal Tubarão, por meio da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), da Secretaria da Cultura (Secult). Conta ainda com promoção do HZ e da Rede Gazeta, e tem apoio da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e da Prefeitura Municipal de Vitória (PMV). O evento é uma realização da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).