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Quando a gestão define o placar: lições do 10 x 0 entre Bayern e Auckland

Publicado em: 17/06/2025

Foto: Divulgação | Bayern de Munique

Por: Gabriel Harchbart

 

Na recente estreia da nova Copa do Mundo de Clubes, o Bayern de Munique aplicou uma goleada histórica de 10 a 0 sobre o Auckland City, da Nova Zelândia. O resultado, embora impressionante do ponto de vista esportivo, revela algo ainda mais profundo: o abismo estrutural entre organizações que operam sob uma cultura de alta performance e aquelas que ainda atuam em modelos amadores.

O Auckland City é um clube semiprofissional. Embora domine o futebol em sua região, grande parte de seus atletas mantém outras profissões. Sua estrutura é limitada, seu orçamento é restrito e sua atuação internacional, simbólica. Ainda assim, foi colocado no mesmo palco que o Bayern — um dos maiores clubes da história, com processos maduros, investimentos consistentes, governança robusta e uma cultura de desempenho que se estende a todas as áreas da organização.

O que se viu em campo foi mais do que uma diferença técnica. Foi um reflexo direto da disparidade em gestão, estrutura e estratégia. E esse paralelo se aplica perfeitamente ao ambiente corporativo.

Nas empresas, o “10 a 0” acontece todos os dias.

Empresas com processos bem definidos, metas claras, equipes bem treinadas e liderança ativa avançam com solidez. Enquanto isso, organizações que operam com base na intuição, sem planejamento estruturado, sem rituais de gestão e com baixa maturidade em processos decisórios, acabam sendo superadas com facilidade.

Gestão não é um diferencial. É um pré-requisito.

Não se trata de tamanho, e sim de profissionalismo.

Há pequenas empresas com alto grau de organização e grandes companhias ainda presas a práticas ultrapassadas.

O resultado — nos negócios como no esporte — é apenas a consequência lógica da preparação, da cultura e da execução.

Cabe, portanto, a cada gestor refletir:

Estamos estruturando nossa empresa para competir como o Bayern ou apenas tentando resistir como o Auckland?

Porque em qualquer campo — seja no futebol ou no mercado — a gestão é quem define o placar.

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