Revista Orgulho Capixaba ganha nova coluna de Cooperativismo com Roberta Bispo

A Revista Orgulho Capixaba está chegando à sua segunda edição cheia de novidades. Uma delas é a nova coluna de Cooperativismo, comandada por Roberta Bispo.

O cooperativismo capixaba tem se destacado nacionalmente e não poderia ficar de fora da Revista Orgulho Capixaba. De acordo com o Sistema OCB/ES, em dezembro de 2022, o Espírito Santo registrava um total de 115 cooperativas, que reuniam 747 mil cooperados e empregavam aproximadamente 11,5 mil colaboradores. No mesmo relatório, estima-se que mais de 1,8 milhão de pessoas estiveram envolvidas com o cooperativismo, o que equivale a 46,8% da população total do estado.

“As cooperativas não só geram resultados econômicos significativos, mas também promovem o desenvolvimento social e a qualidade de vida das comunidades. A adoção de práticas de gestão de qualidade, a implementação de planejamentos estratégicos e a constante busca por inovação são fatores que contribuem para o sucesso e reconhecimento do cooperativismo capixaba no cenário nacional”, destaca Roberta.

Em seus textos, a colunista pretende abordar temas que mostram a realidade do cooperativismo no Espírito Santo, desde práticas, histórias de sucesso, inovações e desafios enfrentados pelas cooperativas, até os impactos sociais e a contribuição das cooperativas para a economia local.

“A coluna terá como objetivo fornecer uma visão abrangente do impacto do cooperativismo nas comunidades locais, além de compartilhar insights sobre como esse modelo pode continuar a promover o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida”, afirma.

Quem é Roberta Bispo?

Graduada em Direito pela Universidade de Vila Velha,  Pós Graduada pela Fundação Getúlio Vargas no MBA de Gestão Empresarial, possui MBA em Gestão de Cooperativas pela Fundação Pedro Leopoldo e também Exponential Business Administration (XBA) em Gestão e Liderança, pela Nova SBE Nova School of Business and Economics – Executive Education, de Portugal.

Cooperativista há 25 anos, ingressou no cooperativismo financeiro em 1998, como estagiária, consolidou sua carreira no Sicoob Servidores onde ao longo dos anos exerceu cargos na área de gestão, atuando nos diversos projetos de amplia

ção da cooperativa. No mandato de 2011 a 2015 exerceu ainda o cargo de Conselheira Fiscal do Sescoop/ES. 

“Tudo começou em 1998, quando fui estagiária em uma cooperativa local. Naquela época, eu não sabia muito sobre cooperativismo, mas logo fiquei encantada com a forma como as cooperativas funcionam. Meu dia a dia no estágio era cheio de aprendizados, foi nesse ambiente que percebi o quanto o cooperativismo pode ser transformador. A experiência despertou em mim uma paixão pelo tema, e isso me levou a estudar mais e me aprofundar no assunto. Com o tempo, fui construindo minha carreira baseada nesse amor e conhecimento, vendo de perto o impacto positivo que as cooperativas podem ter”, relembra.

Em 2021 assumiu a posição de Diretora Presidente do Sicoob Servidores e hoje também é Conselheira de Administração do SESCOOP/ES.

O que é Cooperativismo?

Cooperativismo significa a colaboração entre pessoas com um interesse em comum. A ideia surgiu após a Revolução Industrial, quando a população começou a ficar insatisfeita com as altas taxas de desemprego e os baixos salários.

Esse cenário motivou os trabalhadores a se unirem em busca de melhores condições para o exercício de suas atividades, o que incluía desde a redução nos custos de produção até a aquisição de novos equipamentos.

No entanto, foi apenas em 1844 que o termo “cooperativa” surgiu. A primeira cooperativa foi criada na cidade de Rochdale-Manchester, no interior da Inglaterra.

Um grupo composto por 27 homens e uma mulher se uniu para montar seu próprio armazém, já que, separadamente, essas pessoas não tinham condições de comprar a quantidade básica de alimentos para sobreviver.

A proposta era simples: comprar alimentos em grande quantidade para conseguir preços menores. Todos os itens seriam divididos igualitariamente entre o grupo. E assim nasceu a Sociedade dos Probos de Rochdale, que em 4 anos multiplicou seu capital social de 28 para 152 mil libras.

O termo “cooperativismo”, contudo, só foi criado oficialmente em 1948, em um congresso do segmento realizado em Praga. Na época, sua definição era: “Será considerada como cooperativa, seja qual for a constituição legal, toda a associação de pessoas que tenha por fim a melhoria econômica e social de seus membros pela exploração de uma empresa baseada na ajuda mútua e que observe os Princípios de Rochdale”.

Desde então, já existem mais de 3 milhões de cooperativas no mundo.