Sabores que unem: os festivais e encontros gastronômicos que transformam o Espírito Santo em 2025
Publicado em: 16/09/2025Compartilhe
Festival na Brasa. Foto: Divulgação
Por: Bianca Tápias
O Espírito Santo vive um verdadeiro banquete de experiências. Por todo o estado, as ruas, praças e espaços culturais se tornam palco de feiras e festivais que vão além da comida: são encontros que fortalecem laços, despertam memórias e fazem da gastronomia um ponto de conexão entre pessoas.
O que já aconteceu
Se 2025 parece ter passado voando, é porque foi recheado de encontros. A 3a edição da Fábrica de Chefs, fundada pelo Hugo Grassi e produzida por Charles Souza, levou ao Espaço Patrick Ribeiro nomes consagrados da cozinha nacional, reunindo mais de 1.500 pessoas. Na sequência, o Fest Gastronomia, em sua terceira edição, ocupou o Clube Álvares Cabral com restaurantes locais premiados, além de aulas-shows e música para completar a experiência.
Fábrica de Chefs. Foto: Divulgação
Em Vila Velha, o Encontro das Chefs chegou à sua 4a edição, no Parque Cultural Casa do Governador, celebrando mulheres que transformam a gastronomia capixaba com suas histórias e receitas. Já a Expo Steffens, na Serra, destacou a força dos negócios do setor. Santa Teresa também brilhou com seu tradicional Festival Santa Teresa Gourmet e outros encontros culturais que movimentaram a cidade, atraindo turistas de todas as regiões.
Foto: Divulgação
E setembro ainda trouxe mais tempero: o Festival Na Brasa Music Beer, comandado pelo Instituto Panela de Barro, reuniu assadores renomados com estações de churrasco, chope e shows, enquanto o Festival Gastronômico Itaúnas e Sabores uniu tradição e música no
norte do estado.
Tudo isso compõe apenas um recorte das dezenas de encontros dos mais íntimos aos grandiosos que ajudaram a transformar o Espírito Santo e mostrando que a cozinha capixaba nunca esteve tão viva.
O que ainda vem pela frente
De meados de setembro a dezembro, os sabores continuam a aquecer a serra e o litoral com inúmeros festivais tradicionais pelo estado e também com eventos inovadores. De 18 a 20 de setembro, no Shopping Vitória, o Coffees coloca o café em evidência com workshops,
competições e um salão de chocolate artesanal capixaba imperdível.
Novos sabores da rua
Se os grandes festivais dão corpo ao calendário, são os encontros de rua e as feiras independentes que dão alma à cena gastronômica capixaba, oferecendo palco a pequenos produtores. Um exemplo é a Feira de Comida Artesanal que acontece uma vez por mês, na Praia da Costa, comandada por Murilo Góes, que reúne cozinheiros selecionados a dedo. Marcaram presença nomes como Kaffa Cafeteria, Il Carrettino Gelateria e Cafeteria, Aena Culinária Japonesa e Andrea Souto, da La Crème Escola Gourmet.
No dia 27 de setembro, a partir das 12h, o evento Kairucada, promovido pelo Igor Trarbach do restaurante Kairu, promete transformar a área externa em palco de street food, trazendo os chefs Mohamad Hindi, Cadu Evangelisti, Leo Abreu e Wellington Santos para cozinhar
lado a lado.
No início do mês de setembro, aconteceu o primeiro encontro Na Calçada, realizado pelo restaurante Lavinas Cozinha Portuguesa, na Praia do Canto. O sucesso foi tanto que já há uma nova edição marcada para o dia 16 de outubro. São eventos descontraídos, que aproximam cozinheiros e público em um formato mais leve e criativo.
Esses movimentos mostram que a gastronomia capixaba não se resume às grandes estruturas: ela pulsa também nas ruas, nas colaborações entre chefs e no improviso que transforma um simples encontro em memória coletiva.
Mais que números, histórias
As celebrações gastronômicas movimentam turismo e negócios, mas o verdadeiro impacto está nas histórias que eles criam. A mesa coletiva de uma polenta gigante, o brinde feito entre desconhecidos que viram amigos, a receita compartilhada que vira tradição de família.
É nesse terreno de afeto e pertencimento que a gastronomia se consolida como parte da identidade capixaba. E aqui fica o convite: não deixe passar em branco. Experimente, participe, valorize quem produz e fortaleça esses encontros. Cada prato servido é também um pedaço de cultura e de vida compartilhada. Na terra capixaba, gastronomia é muito mais que alimento, é cultura viva, memória e convivência.
