Tradição e cultura popular marcam os 35 anos de Vila Pavão

Nesta terça-feira, 1º de julho, Vila Pavão comemora seus 35 anos de autonomia política. Uma conquista marcada não apenas pela força cidadã, mas por uma identidade cultural única que a fez se autodenominar “Capital da Cultura Popular”. A história do município tem raízes profundas na colonização pomerana, com imigrantes que também trouxeram tradições de outras etnias.

A cultura local se consolidou no tempo e se expressa com intensidade nas festas culturais da cidade, como no Pomitafro, festival que começou como festa escolar e hoje é um dos maiores eventos culturais do Espírito Santo.

A luta pela emancipação foi longa e intensa. Em 1987, houve a tentativa inicial com abaixo-assinado; em 1989, o distrito de Córrego Grande elegeu cinco vereadores, mostrando que o desejo de autonomia crescia. Com apoio de líderes como Antônio Teixeira Maria e o grupo EmanciPavão, vieram mutirões, debates e até ameaças. No plebiscito de 1º de julho de 1990, a vitória veio e garantiu o caminho para a lei estadual que reconheceu o município em janeiro de 1991.

A primeira eleição aconteceu em 3 de outubro de 1992, e a posse ocorreu em janeiro de 1993 na varanda da antiga prefeitura — comprada com recursos coletados em festa popular e cedida por Emilio Berger. Desde então, Vila Pavão constrói sua história com base na participação comunitária e na agricultura familiar.

A cidade carrega traços da imigração pomerana. Foto: Descubra o ES

Hoje, a cidade mantém viva essa identidade. O grupo de Danças Folclóricas Pomeranas e o Pomitafro reforçam os laços intergeracionais e festivos. Ao mesmo tempo, a agricultura familiar segue resiliente, protegendo a economia local e sinalizando o potencial rural.

Pequena em território, mas gigante em identidade, Vila Pavão abre seus 35 anos com a certeza de que cultura, tradição e união são a base para seu desenvolvimento. Parabéns a todos os munícipes!