Foto: Redes Sociais
Conhece aquele meme “reage, bota um cropped”? A expressão ganhou peso em meio à pandemia, e exatamente no momento em que a empreendedora Gabriela Maioli lançava a Violeta Loja nas redes sociais. As primeiras peças à venda? Dois modelos de top cropped. A empresária agarrou a oportunidade e, em poucos meses, já tinha demanda suficiente para sair da sala de casa e abrir a loja física.
Mas a ideia de ter a própria loja, com peças feitas por ela, veio bem antes do tal meme. O sonho de empreender é de infância. “Eu queria uma loja desde criança, só que minha mãe sempre pensou que teria que me ajudar muito para eu conseguir abrir uma loja. Minha mãe é professora, trabalha muito, e para isso acontecer só depois dela se aposentar. Vou esperar? Vou não! Vou tentar resolver sozinha”, relata a empresária.
E resolvendo sozinha, Maioli entrou no quarto, abriu a câmera do celular e comunicou para sua rede pessoal que ia abrir uma loja. No mesmo dia já tinha criado a rede social da marca e apresentado as primeiras peças; em menos de seis meses estava procurando um espaço físico para abrir a loja; entre as rápidas conquistas, Gabriela conseguiu o primeiro lugar na categoria Microempreendedora Individual (MEI) do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios (PSMN), na etapa estadual do último ano.
“O que mais aprendi nesses poucos mais de dois anos, desde que abrir a Violeta Loja, é de não ter medo. É preciso tentar. Porque se eu ficasse com medo de postar aquele primeiro story, eu não estaria aqui hoje”, celebra a empresária.
Vontade
O mundo da moda sempre esteve ao redor de Gabriela. A avó trabalhava como costureira; a mãe, antes de se formar pedagoga, costurava para os vizinhos; uma das tias tem um ateliê, outras tias também são costureiras, e até as primas trabalham no ramo. “Quando criança eu falava que ia abrir uma empresa e que seria no ramo de moda. Eu já gostava de mexer com bazar, fora que sempre fui de comprar e revender roupa. Até a minha rede social eu já usava para falar de moda”, conta.
Com um desejo tão intenso, bastava um passo de coragem, e foi o que Gabriela fez. O passo veio no início da pandemia, ao lado da mãe. E a ajuda para ver a empresa deslanchar no segundo semestre de 2020 veio de algumas amigas. “Eu demorei uns três a quatro dias para fazer a primeira venda; e foi bem devagar nas primeiras semanas. Mas comecei a conversar com algumas amigas da faculdade, até que uma delas sugeriu de eu fazer um cropped para ela postar nas redes sociais. E isso deu certo. Uma amiga levou a outras e, rapidamente, a clientela começou a crescer”, explica.
Foi a partir do marketing de boca a boca, e criando um meio de furar as bolhas das redes sociais, que o alcance da Violeta Loja não parou de crescer. “Com as postagens das amigas e colegas, as vendas ampliaram e tudo passou a ser bem rápido e até comecei a mandar por correio para fora do estado. Foi quando comecei a ter um pouco de dinheiro e aproveite para fazer anúncios nas redes sociais. E tudo foi dando certo”, conta Gabriela.
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E deu tão certo que a casa de Gabriela ficou pequena. As roupas eram todas produzidas lá, sendo que a casa ainda era usada como estoque da loja. “A gente foi deixando tudo dentro de caixas até não conseguir lidar mais. Era muita caixa, muito tecido, e precisávamos de um novo espaço. E também era importante para a nossa saúde, porque dentro de casa você trabalha o tempo inteiro. Não consegue descansar, nem aproveitar a própria casa”, explica.
Depois de algumas semanas procurando um local, ela encontrou um espaço que cabia no bolso e, o melhor, perto de casa. A Violeta Loja abriu as portas em fevereiro de 2021, no bairro de Jardim da Penha, em Vitória. “Foi ótimo, porque muita gente queria ver e conhecer o trabalho. Além de querer provar a roupa antes de comprar”, diz.
Hoje, Gabriela celebra as conquistas que conseguiu atingir nesses pouco mais de dois anos. As reformas que pode fazer em casa, as melhorias nos móveis e até a compra de uma televisão nova, além de uma viagem especial que sempre desejou. “Minha família não é rica. Eu sabia que tinha que estudar e empreender, porque assim poderia subir na vida. E acabou que juntei os dois”, conta Gabriela, orgulhosa do que já conquistou e pronta para mais desafios.
Conheça mais sobre a loja capixaba! @violetaloja
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Fonte: ASN