O primeiro trimestre está chegando ao fim. Dia 31 de março encerra mais do que um ciclo contábil — é o primeiro termômetro real do ano. E se você é gestor ou líder, sabe que essa é uma das viradas mais importantes do calendário: o momento de medir o que foi planejado versus o que foi executado, entender onde está o gap e acelerar para fechar forte os três primeiros meses.
É comum que o início do ano tenha seus próprios desafios: recesso, carnaval, equipes em ritmo de retomada e uma agenda comercial que só engrena de fato em meados de fevereiro. Mesmo assim, as metas do Q1 seguem firmes, e as empresas que conseguem entregar agora ganham fôlego para os próximos trimestres.
Se você sente que o trimestre está aquém do previsto, não é hora de baixar a guarda. Ainda dá tempo de bater — ou até superar — os objetivos. Mas isso exige foco, priorização, ritmo e, principalmente, uma liderança ativa. Abaixo, compartilho reflexões e ações práticas que podem guiar sua gestão nos próximos dias.
O primeiro passo é resgatar as metas trimestrais com lupa. O que realmente importa? Quais entregas têm impacto direto nas métricas principais do negócio? Elimine o que for secundário. Nessa fase, gestão é corte de ruído e amplificação do foco.
Se sua equipe tem muitas frentes abertas, o risco é desperdiçar energia em tarefas que não movem o ponteiro. Uma boa prática é revisar os OKRs ou KPIs do trimestre com o time e perguntar: “O que precisa acontecer até o dia 31 para esse objetivo ser atingido?”. A resposta vira plano tático.
Liderança se manifesta em momentos críticos. Essa reta final exige que você seja mais presente, mais direto e mais rápido nas decisões. Não é o momento de longas discussões ou testes. É hora de execução guiada por prioridade.
Um time guiado por clareza e urgência trabalha com mais foco, toma melhores decisões e se engaja no desafio coletivo.
Evite a armadilha de fazer uma gestão apenas reativa aos números. Sim, os dados são fundamentais — mas precisam vir acompanhados de contexto e direcionamento. Mostre ao time o porquê do número, o que está por trás dele, e como cada ação pode impactá-lo.
Por exemplo: se o seu funil de vendas está travado no meio do pipeline, reúna o time comercial, traga os dados e questione:
A partir disso, gere inteligência de ação — não só monitoramento.
A reta final do trimestre pode gerar dois efeitos: desânimo para quem acha que não vai bater, ou ansiedade que paralisa. Ambos prejudicam a performance. Cabe ao gestor equilibrar motivação com sentido de responsabilidade individual e coletiva.
Crie rituais de celebração para avanços reais. Estimule o reconhecimento entre pares. Reforce que o trimestre ainda está em aberto e que todos têm poder de influência sobre o resultado final.
Ao mesmo tempo, deixe claro: a meta não é opcional. Ela existe para alinhar direção, ambição e entrega. Bater a meta é um compromisso com o time, com a empresa e com a própria carreira.
Líderes de alta performance sabem alternar entre o tático e o estratégico. Nessas semanas finais, você precisa estar mais próximo da operação, entendendo gargalos, destravando processos e garantindo velocidade de execução. Mas sem perder o norte estratégico.
Use este momento para:
O fim do trimestre é também uma oportunidade de elevar a maturidade de gestão da empresa.
Antecipe o fechamento. Trabalhe com o time para antecipar entregas, acelerar negociações, resolver pendências. Deixe os últimos dias para ajustes finos e não para correrias desorganizadas.
E já deixe marcada a reunião de retrospectiva com a liderança. O Q2 começa no dia 1º de abril — mas a preparação dele começa agora.
Bater a meta do trimestre é mais do que um objetivo financeiro. É um compromisso de liderança com resultado. E é nos momentos decisivos que a cultura de alta performance se revela.
Se você está na liderança, este é o momento de aparecer mais, decidir mais rápido, ajustar a rota com coragem e inspirar pelo exemplo. Ainda dá tempo de fechar o trimestre com força — e dar o tom do ano todo.
Lidere com intensidade. Termine com foco. Aprenda com o ciclo.