Fonte: ASN
Em meio a uma mistura de tecidos nacionais e africanos, a empreendedora Bárbara Letícia inovou e abriu um mercado único no Espírito Santo. Através da Barbarizy, sua loja virtual, ela começou a oferecer peças de moda afro, conquistando clientes não apenas na região do ES, mas também em todo o país. No entanto, em uma jornada nada fácil, e Bárbara precisou se reinventar, especialmente em meio à pandemia.
“Em 2020, com pandemia, eu estava numa situação difícil e só pensando no que eu iria fazer. Até que uma amiga me indicou a fazer alguns cursos do Sebrae/ES. Fui atrás e fiz os de planejamento, vendas por WhatsApp e rede social. Mal terminava um, eu já começava outro”, contou a empresária.
Bárbara começou a se sentir mais inspirada e criativa e suas ideias começaram a se concretizar. “[…] Comecei a ter muitas ideias que implementei com sucesso. Consegui ultrapassar as barreiras locais e expandir minha clientela. Há pouco mais de um ano, comecei a atender clientes de fora do estado”, comemorou Bárbara.
Barbarizy oferece uma variedade de peças, desde turbantes até vestidos de festa, visando elevar a autoestima e celebrar a negritude. “São peças mais soltas e confortáveis, alegres e atrativas, para um público amplo e que atende a diferentes formatos de corpos”, afirma Bárbara.
Ver essa foto no Instagram
A empreendedora realizou uma pesquisa aprofundada antes de lançar o negócio.“Entre 2017 e 2018 eu comecei a fazer uma pesquisa para saber o que fazer na Grande Vitória. Por conta do período em que tive depressão, eu engordei muito. Mas as roupas que eu achava de tamanho plus size eram muito largas, feias e sem estilo. Não trazia alegria, não trazia qualidade. Fora que em muitas lojas que eu ia, as pessoas ficavam me olhando, me vigiando, por eu ser uma mulher preta. E eu odiava isso”, revela.
Com a compreensão da demanda por roupas que fossem confortáveis e elegantes, Bárbara viu uma oportunidade de negócio. No entanto, ela não queria limitar a sua marca a um público específico, mantendo mesmo uma temática africana. “Porque a mulher brasileira, em si, é uma mulher de bumbum grande, de perna grossa, o que já torna difícil achar uma roupa mais solta e confortável. E a sacada era ter tudo isso em peças que tragam a brasilidade que dialoga com o africano, mais alegres, diversificadas e atrativas”.
E é a mistura dos tecidos brasileiros com os africanos que torna a marca ainda mais atrativa, segundo a empresária. “Além de ser confortável, as minhas roupas também carregam um pouco de alegria, de história, de empoderamento. São roupas que marcam muito e que apresentam um tempero completo da pegada da mulher preta”, define Bárbara.
A pluralidade da clientela também é uma preocupação para Bárbara. “Ao misturar os tecidos, mais pessoas começaram a procurar a loja e o público diversificou. Mesmo tendo essa pegada africana, as roupas que eu faço são para todos que se sintam à vontade de usá-las”, detalha a empresária. Tanto que Bárbara oferece peças com tamanho único, vestindo mulheres que usam do 38 até o 54. “Eu trabalho com o largão, o confortável. O que também acaba contribuindo para uma moda unissex, não apenas voltada para mulheres, a exemplo das batas que produzo”, finaliza a empreendedora.
Conheça mais sobre o trabalho da Barbarizy nas redes sociais: @barbarizy
VEJA TAMBÉM:
Ver essa foto no Instagram