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Paneleiras de Goiabeiras participam de evento inédito de artesãos brasileiros com selo de Indicação Geográfica

Publicado em: 02/07/2023

Fonte: ASN

Fonte: ASN

Pela primeira vez, o Brasil contou com um evento para debater os desafios e o potencial econômico das Indicações Geográficas (IGs) do segmento do artesanato, em um evento que reuniu artesãos, especialistas, gestores e representantes de diversos países.

O Origens Brasileiras Artesanato – I Evento Internacional de Indicações Geográficas de Artesanato foi realizado nos dias 29 e 30 de junho, no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), no Rio de Janeiro. A iniciativa partiu do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Na oportunidade, as 12 IGs brasileiras de artesanato estiveram presentes, demonstrando a riqueza e a diversidade do segmento no país. Entre elas, uma IG capixaba, as panelas de barro de Goiabeiras. Berenicia Correa Nascimento é paneleira, e vai representou o Espírito Santo no evento.

“Saber que estamos saindo para falar sobre o nosso artesanato, que é a nossa cultura reconhecida com uma IG, uma tradição que existe há mais de 500 anos, é de uma importância muito grande. Estamos divulgando o nosso trabalho, que gostamos tanto de fazer, e o nosso Estado. Estar nesse evento vai gerar uma valorização muito grande para as paneleiras. É um incentivo grande que estamos recebendo”, conta a paneleira.

O analista do Sebrae/ES Guilherme Pella atuou no evento como mediador do painel “Indicações Geográficas: a proteção das expressões culturais”. Para ele, “a indicação geográfica permite a valorização e proteção de produtos que possuem uma identidade cultural e territorial específica. Ela funciona como uma forma de reconhecimento e garantia de qualidade, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento socioeconômico das comunidades envolvidas na produção artesanal, contribuindo para a preservação do conhecimento tradicional e das técnicas artesanais transmitidas ao longo das gerações”, explica.

Além das IGs brasileiras, o evento trouxe também experiências da América e da Europa, como a presença da França, que é referência no assunto, e contou com os palestrantes Antoine Ginestet, Benjamin Moutet e Déborah Broquère; do Peru e da Colômbia, que debateram a temática por meio de casos de sucesso; e do México, que apresentou o processo de transformação das marcas coletivas da Região de Michoacán (México), com Alfredo Rendón, especialista em Direito Intelectual.

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